Bonates: depois da fritura sofre pela extinção de sua secretaria

Fritado e desgastado por causa dos desmandos a frente da pasta, o secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), coronel Louismar  Bonates é o principal alvo da reforma administração a ser implementada pelo governador José Melo.  A mensagem do governador deve ser encaminhada nesta terça-feira (22), para ser votada na Assembléia Legislativa do Estado (ALE) ainda esta semana.


Fontes palacianas e da própria Seap afirmam que Bonates passou o fim de semana esvaziando as gavetas após ser comunicado que não ficará mais a frente da secretaria que será extinta.

As mesmas fontes asseguram que a extinção da Seap é a saída “elegante” encontrada pelo governo de não exonerar Bonates pela via direta e assim expô-lo a constrangimento público, mais do que vem experimentando nos últimos meses.

Mas  a vontade mesmo era de se livrar do secretário o mais rápido possível, por conta da omissão em relação a uma série de escândalos em sua administração.

Para muitos Bonates era omisso ou, pelo menos, fazia “vista grossa” em relação a uma série de irregularidade como por exemplo, não conter o avanço do crime organizado, principalmente das facções criminosa dentro dos presídios.

Prova disso foi uma revista surpresa realizada pela Secretaria de Segurança Pública e pelo Exército que encontrou mais de 20 celas de luxo que abrigava os “chefões” do crime organizado no Compaj. E a revista foi surpresa mesmo porque Bonates sequer foi chamado para participar e chegou a reclamar publicamente por não ter sido convidado.

Nas últimas semanas, novamente outras revistas foram realizadas e centenas de armas, celulares e até grande quantidade de drogas foram encontradas nas penitenciárias.  Os resultados das vistorias provaram que o sistema prisional na capital continuava cheio de falhas, vulnerável e sem comando.

Tanto desmando foi a gota dáqua para que o governo decidisse pelo fim de linha de Bonates frente a Seap e de sua participação desastrosa na pasta. Ou seja, sai sem implantar o sistema “Big Brother” nos presídios.

 

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