
Em janeiro deste ano, a Polícia Militar deflagrou uma operação direcionada ao combate dos crimes ocorridos nos transporte coletivo na capital, que nos dois últimos anos, vem assustando a população e, principalmente, os trabalhadores do sistema.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) confirma que em 2017 foram registrados 3.667 roubos em coletivos. Já nos 12 meses de 2018, o número caiu, mas ficou na casa dos 2.476 assaltos, mas nos primeiros meses de 2019, reduziu em quase 40% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Questionado se a ação é realizada em conjunto com o Sindicato dos Rodoviários, o secretário de Segurança Pública, Coronel Louismar Bonates afirma que ainda não possui essa parceria, nem com a classe dos trabalhadores e nem com o Sindicato patronal dos transportes, em Manaus.
Contudo, volta a afirmar: “Manaus hoje é a cidade mais segura da Região Norte e que a Polícia Militar (PM) vai implementar o policiamento de motocicletas. Além disso, irá adotar outro sistema de segurança avançado, que ainda não pode revelar, mas que tem a meta de ‘Zerar’ o índice de roubo aos ônibus.
Parceria municipal
Sobre a ação, o Coronel Bonates afirma que primeiro a Secretaria vai exigir que a lei municipal obrigue os ônibus a terem câmeras de vigilância. “Vamos fazer uma vistoria nesses ônibus em vias públicas e levar as demandas ao prefeito Arthur Neto (PSDB) para que ele tome as devidas providências”, disse. Para o secretário, não adianta, simplesmente, colocar uma câmera qualquer no ônibus, câmaras que não tenham resolução, porque não resolve.
Segundo o Coronel, há uma certa dificuldade em solicitar as imagens do interior dos ônibus. Ele informou que vai em busca de parceria com a Prefeitura e juntos, encontrarem uma solução para o problema de imagens.
“Quando eles raramente atendem (Sinetram/SMTU), as imagens não tem a mínima qualidade. Então nós vamos conversas com a Prefeitura para que realmente seja um trabalho coletivo e que eles sejam um parceiro nosso nessa ação”, completou.

Ônibus sem cobrador
Em Manaus, circulou a informação de que, possivelmente, os ônibus iriam passar a circular sem os cobradores com o motorista exercendo a dupla função e aumentando os riscos de assaltos.
Bonates afirmou que não concorda que o índice de assalto nos ônibus possa aumentar sem a figura do cobrador. “Eu acho que não. Até porque o cobrador não é segurança de ninguém. Ele não anda armado e não faz segurança para os motoristas”, pondera.
Bonates disse que não tem conhecimento profundo mas, analisando o que aconteceu em outros estados, quando se tira o cobrador também se tira o dinheiro do ônibus, da catraca, trabalha-se com ‘Ticket’, com outros sistemas que substitui o dinheiro. “Não é porque os ônibus não tem cobrador que vai aumentar a criminalidade nos transportes coletivos, em hipótese alguma”, enfatizou.
A redação