
A mesma estratégia usada para impedir o ministro Gilmar Mendes de julgar a ação que destituiu o ex-governador José Melo (Pros) no TSE, está sendo utilizada para impedir a ministra Cármen Lúcia de julgar as eleições do Amazonas.
Mesmo depois de ter referendado o voto do ministro Ricardo Lewandowski, favorável ao cancelamento das eleições suplementares no Amazonas até o julgamento do mérito, a presidente do STF se declara suspeita de continuar presidindo a ação impetrada pelos postulantes ao cargo de governador no Estado.

O motivo deve ser o mesmo. No julgamento do Melo, a coligação do senador Eduardo Braga contratou o escritório onde trabalhava a filha de Gilmar Mendes, agora a coligação do senador deve ter contratado um escritório, onde um parente da ministra deva estar trabalhando.
É muito dinheiro em jogo. “A coligação contrata um advogado, sabidamente parente do ministro que vai presidir o caso, para torna-lo “impedido”, acentua um jurista manauara.
Ontem (05) circulou a notícia de que a coligação de Braga teria gasto R$ 10 Milhões com a contratação do escritório do ex-ministro Sepúlveda Pertence, para defender as eleições diretas nesse pleito. “Uma negociação dessa, não fica por menos de R$ 30 Milhões”, destaca o jurista.
Hoje, informações extraoficiais dão conta de que um dos advogados contratados propositalmente essa semana, por Eduardo Braga, é parente da ministra. Por isso ela saiu do processo.
A decisão agora fica com o ministro Dias Tóffoli, reconhecidamente Amigo do ex-presidente Lula e do senador Eduardo Braga, por extensão.