1ª edição da Copa Leão Braúna de Ex-atletas do Futebol

Fotos: Anderson Silva/Sejel

Um futebol que reúne amigos e boas lembranças. Assim vai ser a 1ª edição da Copa Leão Braúna de Ex-atletas do Futebol de Base do Amazonas. Com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), a competição vai contar com 12 equipes, em 71 jogos, com mais de 300 jogadores que querem levantar a taça que homenageia o ex-treinador amazonense, falecido no início do ano.


Fotos: Anderson Silva/Sejel

Marcada para iniciar dia 29 de julho, o certame organizado pela Liga Regional da Amazônia (Lirdam) atraiu equipes tradicionais do futebol local como: São Raimundo, Nacional, Sul América, América, Fast, Tarumã, Cliper, Libermorro, Rio Negro e Cepe e os emergentes Grêmio Iranduba e Comercial. Nos moldes de uma competição oficial, a temporada ainda vai contar com o Torneio Início, no dia 23 de julho, no estádio da Colina, localizado no bairro São Raimundo. O cronograma das partidas estão em anexo.

“É uma grande honra resgatar todos os atletas do passado que jogaram os campeonatos de base promovidos pela FAF (Federação Amazonense de Futebol). Só vão participar os ex-jogadores com idade a partir de 27 anos. Será um reencontro, tem uns que não se veem há bastante tempo e vai ser uma grande festa. O objetivo é confraternizar e homenagear esse grande trabalhador do futebol de base do Amazonas que foi o treinador Leão Braúna”, afirmou o presidente da Lirdam, Junior Mendes.

Com ‘nova camisa’ – Eufórico com o reencontro dos amigos do futebol do Amazonas, o ex-meia-atacante do São Raimundo nos tempos áureos da Série B, Antônio Alex, conhecido como Jogador, desta vez estará vestindo a camisa do Rio Negro na competição.

Foto: Divulgação

“O bom de tudo isso é rever os amigos, que na maioria das vezes passávamos o tempo juntos, até mais que do que na nossa própria casa. Encontrar o pessoal que há mais de sete anos não vejo vai ser muito bacana. Vai ter muita resenha (risos)”, comentou Alex, lembrando da importância dos trabalhos realizados pelo ex-treinador Leão Braúna.

“Sempre converso com os amigos que só deixamos para homenagear as pessoas depois que partem, e esquecemos de homenagear às pessoas em vida. Infelizmente ele partiu e essa copa, essa homenagem, é mais que merecida”, pontuou Alex, que já fez parte da seleção brasileira Sub-15.

Tigrão do Morro de volta – Sempre lembrado com carinho pelo torcedor amazonense, o Libermorro vai voltar a ostentar a bela camisa verde e branca pelos gramados da capital. Afastado há mais de uma década do futebol profissional, o Tigrão vai descer o Morro da Liberdade para entrar com raça na competição, pensando até num breve retorno para o futebol profissional.

“Vamos representar o Libermorro da melhor maneira possível. Vamos tentar o melhor de nós para que façamos o melhor campeonato. Queremos ressuscitar o nosso passado, o do futebol, que sempre era difícil. Antes tínhamos só o Vilvadão e agora temos vários estádios. Vamos relembrar os bons momentos do passado com os amigos, onde naquele tempo foi muito bom para o futebol. Estamos voltando e estamos com um projeto para voltar a jogar o profissional e queremos voltar em grande estilo”, comentou o responsável pelo clube na competição e ex-jogador, Amarildo Pinto, que defendeu o clube na década de 90, antes da passagem pelo futebol europeu.

Viveu e morreu pelo futebol – Com a dor ainda recente pela perda do pai, Vanusa Braúna, 39, não esquece dos carinhos do seu herói um só minuto. Com a voz embargada de emoção, a primogênita de Leão Braúna agradece aos organizadores por deixar eternizado o nome de quem fez tanto pelo esporte local.

“Meu coração já estava bem mais calmo, mas sei que essa competição é importante. E para mim, meu pai lutou até o último momento pelo futebol amazonense. Para ele, viver sem o futebol não tinha sentido. São quatro meses que ele se foi, e para mim meu pai era tudo. O futebol foi a vida dele”, disse Vanusa.

O incansável Leão Braúna – Conhecido por incentivar o futebol de base do Estado, Leão Braúna iniciou a carreira na base do Holanda no início da década de 1990, onde foi um dos fundadores do clube. O esforço e a dedicação foi logo reconhecido pelo responsável da base do Nacional à época, Carlos Prata. Com o manto Azulino, Leão fez uma das maiores descobertas ao lançar o jogador França, que mais tarde brilharia com a camisa do São Paulo.

Foto: Divulgação

“Conheci o Leão em um jogo no Vilvaldão no início dos anos 90 em que ganhamos por 7 a 0, pelo juvenil. Vi que ele era um cara esforçado, estava conduzindo o Holanda sozinho e chamei ele para o Nacional. Na época eu estava treinando o juvenil e juniores e precisava de alguém para ajudar. Com a competência que ele tinha acabou se tornado treinador do juvenil, ganhou vários títulos e descobriu o França e vários jogadores. Muito feliz por essa copa homenagear o Leão”, comentou Prata, que fez parte da comissão técnica do Holanda na conquista da Série B de 2016 à convite do próprio Leão.

“A gente estava vivendo um momento de felicidade no Holanda, tínhamos acabado de subir para a Série A. Ele era um treinador humilde. Ele se importava mais com o clube do que com ele mesmo”, lamentou Prata.

Braúna ainda teve passagens vitoriosas com o Fast e Sul América, onde também ajudou a coordenar o futebol profissional do Trem da Colina. Nos últimos anos, Leão deixou de gerenciar as equipes dentro das quatro linhas para se tornar dirigente.

Em 2015, com a renúncia do atual presidente Paulo Radin, Leão foi aclamado presidente e estava no cargo até o dia 27 de janeiro deste ano, quando foi encontrado morto na casa dele, na Zona Norte da capital, vítima de infarto.

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