Brasil está vivenciando a reindustrialização 4.0 – por Celso Pansera

Celso Pansera, presidente da ABDE - foto: divulgação

Presidente da ABDE e da Finep defende o papel dos bancos públicos e dos investimentos em inovação


 Em entrevista concedida à TV 247, Celso Pansera, presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), abordou temas cruciais relacionados ao processo de neoindustrialização no Brasil.

A entrevista destacou a importância dos bancos públicos e agências de fomento na promoção do desenvolvimento econômico e tecnológico do país.

Um dos pontos centrais da conversa foi a relevância do crédito público para impulsionar a reindustrialização. Pansera ressaltou que o sistema financeiro no Brasil é concentrado e criticou a privatização dos bancos estaduais, classificando-a como um grande erro.

Ele enfatizou que a Finep, durante o governo Bolsonaro, ficou quatro anos sem ação, prejudicando especialmente o financiamento para projetos científicos.

O presidente da Finep destacou a necessidade de recursos para a ciência e mencionou que o custo do crédito da Finep, incluindo taxa de administração, varia entre 3,5% e 5% ao ano. Ele revelou que a agência recebeu projetos no valor de R$ 8 bilhões, dos quais já foram aprovados igual montante, evidenciando uma alta demanda reprimida.

Pansera também enfatizou o papel da Finep na promoção de projetos para pequenas empresas, assinando mais de 400 contratos neste ano. Ele ressaltou que ainda existe um grande desconhecimento sobre a Finep e o Sistema Nacional de Fomento, sinalizando a necessidade de uma maior divulgação e conscientização sobre essas instituições.

Sobre os planos para o futuro, Celso Pansera anunciou que será lançada uma frente parlamentar e que o país está vivenciando a reindustrialização 4.0, marcada pela digitalização dos processos industriais e pelos valores fundamentais, como relações de trabalho mais justas e respeito ao meio ambiente.

Por fim, Pansera expressou a ambição de atingir R$ 106 bilhões de investimento em quatro anos na neoindustrialização, sinalizando um comprometimento robusto com o desenvolvimento econômico sustentável e inovador no Brasil. A entrevista ressalta a importância de políticas públicas e do papel ativo de instituições como a Finep na construção de um futuro promissor para a indústria brasileira.

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