Campanha de Bolsonaro é um vazio de ideias, diz Miriam Leitão

Jornalista Miriam Leitão e Jair Bolsonaro (PSL) - Foto: Divulgação

247 – A jornalista Miriam Leitão ressalta que a confusão criada no seio da campanha de Jair Boslonaro (PSL) no que diz respeito a economia tem uma explicação simples. “Ninguém entende do assunto, e as ideias propostas por Guedes ou não têm relação com o conjunto de crenças do candidato ou são inviáveis”, afirma Miriam em sua coluna no jornal O Globo, em referência ao principal conselheiro de Bolsonaro e provável ministro da Economia em um eventual governo do PSL, Paulo Guedes.


“Guedes falou em criação de uma espécie de CPMF, Bolsonaro negou, e o economista explicou que o imposto poderia ser criado em substituição a outros, diminuindo a carga”, comenta.

Como exemplo, ela destaca a ideia de Guedes de “suspender a contribuição patronal para a Previdência e mudar para o regime de capitalização. Isso seria financiado pela volta da CPMF. Ontem, explicou que não seria um imposto a mais, mas uma espécie de imposto único que substituiria vários outros impostos federais. É preciso apresentar alguma conta para saber do que se está falando. A Previdência já tem um déficit de quase R$ 300 bilhões por ano, a saída para a capitalização teria um custo astronômico”, afirma.

Jornalista Miriam Leitão e Jair Bolsonaro (PSL) – Foto: Divulgação

“O ajuste fiscal se baseia na proposta de conseguir R$ 2 trilhões com a venda de todas as estatais e de todos os ativos da União. Inviável, impossível e contraditório. Depois de ter defendido a venda até da Petrobras, na sabatina da Globonews, Jair Bolsonaro voltou atrás. O Balanço da União tem uma relação de 700 mil ativos. Isso inclui, por exemplo, o Palácio do Planalto. Alguém vai vender? “, ironiza.

Para ela, “a campanha de Bolsonaro é obscura em todas as áreas, não apenas econômica. Na segurança, resume-se a permitir o porte de armas. Não há um projeto sobre o que o Estado fará para reduzir a criminalidade. Na educação, a proposta é apenas por uma escola militar por estado. Sobre saúde, questão climática, logística, cultura, ou qualquer outra área, não há propostas, simplesmente porque não há ideias. A campanha é improvisada, organizada por alguns militares, os filhos do candidato, e um ou outro amigo. Uma estrutura claramente insuficiente e que não se dispôs a pensar um projeto para o Brasil”, afirma.

Fonte: Brasil 247

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