
A empresa americana Procter & Gamble (P&G), está fazendo valer o título de pior empresa do Distrito Industrial, no Amazonas, em várias modalidades, entre elas, a de servir a pior alimentação dada aos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM).
No cardápio feito pela ‘diretora gerente geral’ vinda de Porto Rico, consta ‘ovos, salsicha, farinha e mais algumas coisas não identificadas, difícil de ver a olho nu’.
Os metalúrgicos tinham denunciado uma “estranha mistura” sendo servida aos trabalhadores no início do mês. “Eles até melhoraram um pouco, deram uma ‘guaribada na alimentação’, acrescentaram ao ovo e a salsicha, uns pedaço de carne, mas foi só por uns dias”, disse um trabalhador com sintomas intestinais grave.
Para o presidente do Sindicato dos metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, a alimentação dada pela empresa que lucra milhões de reais explorando mão-de-obra barata, contrata terceirizados para não pagar impostos federais e paga salário mínimo para mais de 50% dos seus funcionários, não deve ser dirigida por um ser humano.
“A P&G desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), paga salário mínimo, não dá assistência médica, ainda serve essa mistura que se chama de alimentação”, aponta o sindicalista.
Estado do Ohio-EUA
Fundada no estado do Ohio, EUA, em 1837 e há 20 anos no Brasil, a P&G comprou os ativos da empresa Gillette em 2005, para operar no PIM e recebendo fortes incentivos ficais. No início, com gerência nova, tratava os seus funcionários como trabalhadores normais, mas de 2016 para a data atual, resolveu embarcar na exploração de trabalhadores, incentivada pela política golpista de Michel Temer e mais atual, de Jair Bolsonaro.
Chegou a hora de parar
“Com 2.100 trabalhadores, sendo mais da metade ganhando salário mínimo e sofrendo pelas péssimas condições de trabalho, a P&G vai ser paralisada pelo Sindicato”, anuncia Santana.
O sindicalista pede, para o bem de todos, que na hora que a direção do Sindicato chegar na porta da fábrica, todos os trabalhadores permaneçam do lado de fora.
“Não entra ninguém, temos que mostrar força e não permitir que eles lucrem em cima da desgraça do trabalhador. Quem serve uma comida desta é um ser desumano, que trata trabalhador como lixo humano”, comenta Valdemir Santana.
Ele não disse o dia e nem hora da paralização, mas garantiu que é uma questão de horas e, que o trabalhador deve ficar ligado que esse dia vai chegar.