
As indefinições nas composições políticas e o mal resultado no gerenciamento das obras municipais em Manaus, tem causado preocupações na base política do prefeito Arthur Neto (PSDB) e coloca em dúvida as intenções de um suposto “chapão”, que está sendo costurado pelo senador Omar Aziz (PSD) e a direção do PSDB, com vistas às eleições proporcionais e majoritária de 2016.
Três dos quatro vereadores do PSDB em Manaus confidenciaram que temem o “chapão PSD/PSDB”, não por eles, mas por acreditarem que irão servir unicamente como barriga de aluguel para os votos do time do senador Omar Aziz. “Quem não tiver mais de 10 mil votos nesse “chapão”, está fora”, garantem.
De acordo com comentários de membros do PSDB, o PSD não tem votos. Eles devem vir com Glória Carratte, Hiran Nicolau, Isaac Tayah e Luiz Mitoso. O PSDB está com Mário Frota, Plínio Valério, Ednailson Rozenha, Ewerton Wanderley mais o Elias Emanuel, que depois de resolver o seu problema com PSB do deputado Serafim Correa, deve se chegar à sigla do prefeito como enteado dono de herança gorda. Mas na opinião de vereadores do PSDB, essa composição não faz seis vereadores nem aqui e nem em lugar nenhum. Então, vai sobrar problemas para quem tem base e votos.
É o mesmo que dizer: o PSDB entra com a farinha, o jaraqui, o tempero e o fogo e o PSD entra com o prato e a boca. “O Omar Aziz está aplicando e o Arthur está caindo como pato” disse. Caindo também na aceitação popular, que hoje está no patamar de 23% de aprovação. Já foi 70% no final do ano passado.
Além disso, tem as pedreiras patrocinadas pelo senador Eduardo Braga (PMDB), Hissa Abrahão/Rebecca Garcia. Por fora, vem o Marcelo Ramos (PR), que embora ainda mantenha o discurso de estudante da Faculdade de Medicina dos anos 80, mesmo assim, vai dar trabalho quando subir no palanque. Isso, sem contar o Francisco Praciano (PT), que se mantém na moita, mas tem tudo para ser o candidato do Partido dos Trabalhadores no pleito do ano que vêm.
Essa composição não muito entendida e até agora sem ser levada a discussão da base, tem muito que remar para se manter à frente da prefeitura a partir de 2017.