
A cheia do Rio Negro já dá sinais que vai a maior da história superando a cheia história de 2012 quando o nível da água chegou a 29,97 centímetros.
Nesta terça-feira (07/02) a medição da régua indicou a marca de 24,57 metros, subindo em apenas um mês 4,04 metros comparado a medição feita no dia 07 de janeiro deste ano.
A subida é tão absurda e assustadora que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) já deu alerta que a cheia de 2017 deve sim histórica e superar em muito a de 2012.
A enchente não deve se limitar apenas a calha do Rio Negro, mas também as calhas de todos os demais rio da Região o que pode resultar em um cenário sombrio e pavoroso com a previsão de enchente e outros fenômenos naturais que devem atingir os municípios do interior do Amazonas.
E quem pensa que os efeitos só deve vir nos meses de abril, maio e junho quando as medições atingem seus picos está enganado porque muitos municípios, principalmente os das calhas do Rio Juruá já decretaram situação de alerta e de emergência.

A situação começa a ficar já tão crítica que o Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil do Amazonas, antecipou a distribuição de ajuda humanitária aos municípios de Guajará e Ipixuna, localizados na calha do Juruá, que decretaram Situação de Emergência por conta da enchente. Outras cinco cidades da mesma região estão sendo monitoradas e permanecem em Alerta, emitido no último dia 10 de janeiro.
Serão distribuídos 12 toneladas de ajuda humanitária destinada s a estes municípios previstos para esta semana.
O material humanitário enviado contêm alimentos não perecíveis, kilts de medicamentos para a saúde básica, e para prevenir doenças de veiculação hídrica, hipoclorito de sódio para a purificação da água, kit´s dormitório e de higiene pessoal.
Nos dois municípios 2.106 famílias já foram afetadas. As cidades de Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé e Envira permanecem em Situação de Alerta, com possibilidade de evolução para Situação de Emergência.
No ciclo natural de enchente do Estado, a região do Juruá é sempre a primeira afetada, devido às características físicas do rio que possui leito estreito, o que facilita a elevação do nível da água nas localidades.
A Estação de Cruzeiro do Sul, no Acre, que monitora o município de Guajará (cidade referência da calha do Juruá) registrou na data de hoje (03), 14,24m, ultrapassando em 6 centímetros, o nível máximo registrado em 1995, que foi de 14,18m.