O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes recebeu em seu gabinete uma proposta de delação premiada feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
O acordo, para ter validade, ainda precisa ser aceito e homologado por Moraes.
Segundo pessoas próximas às investigações, para isso ser feito, resta saber o que Cid vai apresentar de novo em relação às investigações e quais provas vai oferecer.
Cid está preso desde 3 de maio no Batalhão do Exército de Brasília, sob suspeita de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid na carteira de imunização do ex-presidente. Ele também é investigado por suposta participação na venda de joias recebidas pelo ex-presidente.
A audiência em que foi relatada a vontade do militar ocorreu nesta quarta-feira (6) e contou com a presença de Cid e de seu advogado, Cezar Bittencourt, que disse anteriormente que o ex-ajudante de ordens “assumiu tudo” e não incriminou Bolsonaro à Polícia Federal no caso das joias trazidas do exterior. Bittencourt é antigo crítico da delação premiada e havia descartado essa possibilidade no caso de Cid.
Para a PF, Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor e isso resultou em enriquecimento ilícito.
