Cientistas negros e indígenas terão capacitação sobre insegurança alimentar

Foto: Divulgação

Pesquisadores negros e indígenas poderão participar de um programa de aperfeiçoamento para realizar estudos direcionados às suas comunidades. Atento à falta de diversidade nos ambientes de pesquisa e desenvolvimento do país, o Instituto Serrapilheira apoia a segunda edição do projeto Mukengi.


Criado pelo Instituto Mancala, o programa vai selecionar 30 candidatos para aulas teóricas e atividades de pesquisa aplicada em cima do tema “fome e insegurança alimentar”.

“É fundamental aproximar a ciência do combate à fome, pois, aliada a políticas públicas adequadas, ela pode ajudar a trazer soluções a médio e longo prazos”, afirma Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira. “Só assim conseguimos evitar situações como a grave crise sanitária e humanitária que aflige o povo Yanomami atualmente. O projeto do Instituto Mancala é importante para que tenhamos mais cientistas negros e indígenas trabalhando em prol de suas comunidades,” completou.

Para se candidatar a uma vaga no curso, é preciso estar cursando ou ter cursado mestrado e/ou doutorado nas áreas de exatas, ciências da vida ou saúde; apresentar o diploma de formação e o Currículo Lattes atualizado; ser negro(a) ou indígena e ter interesse em trabalhar com o tema proposto.

A partir da capacitação, os cientistas vão propor soluções para enfrentar a grave crise alimentar que o país enfrenta, especialmente em comunidades mais vulneráveis, como quilombolas, periféricas e indígenas.

O programa é dividido em duas etapas: um ciclo de capacitação inicial, com três meses de duração; e um ciclo de atividade prática de extensão acadêmica, que vai durar seis meses.

A primeira etapa, que terá início em 6 de maio, incluirá aulas teóricas virtuais, ministradas por pesquisadores negros e indígenas que já tenham suas carreiras consolidadas na área de Ciência e Tecnologia (C&T). Os encontros aos sábados abordarão disciplinas como planejamento de projeto, divulgação científica, história da ciência africana e indígena e extensão acadêmica.

Na segunda etapa, a partir de julho, os cientistas vão pensar soluções para os problemas da fome e da insegurança alimentar em suas comunidades, de forma interdisciplinar – em colaboração uns com os outros, com as comunidades-alvos e com o Instituto Mancala.

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