
O senador Eduardo Braga (PMDB) desistiu de ser candidato a governador do Estado após conhecer os números da última pesquisa do Instituto Action em que aparece com apenas 24,9% nas intenções espontâneas de voto e com índice recorde de rejeição.
Enrolado até o pescoço na Lava Jato, com denúncias de que recebeu 20 milhões em propinas na construção da Arena da Amazônia, da Ponte do Rio Negro e do Prosamim, Braga teme ser preso pela Polícia Federal por ordem do juiz Sérgio Moro e quer garantir a imunidade parlamentar se candidatando a deputado federal nas eleições de 2018.

Os números da pesquisa do Instituto Action deixaram Eduardo Braga arrasado e convicto de que não deve se aventurar em mais uma disputa pelo Governo do Estado. Na eleição de 2014, as pesquisas indicavam que ele tinha quase 70% das intenções dos votos, contra pouco mais de 2% de seu adversário, o atual governador José Melo (Pros).
Braga acabou perdendo a eleição considerada ganha. Melo teve 173,5 mil votos a mais que Braga. Melo venceu em Manaus com 59,05% dos votos. Braga ficou com 40,95% (545.052 votos para Melo e 377.995 para Braga, uma diferença de 167.057 votos).
Até mesmo uma reeleição para o Senado está difícil após seu nome ser relacionado na lista de políticos que receberam propina da Odebrecht. Sem mandato, Braga pode ter o mesmo destino do seu companheiro de partido, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que está preso no complexo penitenciário de Bangu. Por isso, teria decidido não arriscar e ser candidato a deputado federal, garantindo a imunidade parlamentar.
Na pesquisa da Action, o grande adversário de Braga é o ex-deputado estadual Marcelo Ramos, que obteve quase meio milhão de votos para a prefeitura de Manaus e aparece bem tanto na pesquisa espontânea quanto na estimulada. Também tem o menor índice de rejeição.