Começam em Manaus as ações de combate ao vírus chikungunya

Mosquito transmissor do vírus/Foto: Divulgacão
Mosquito transmissor do vírus/Foto: Divulgacão
Mosquito transmissor do vírus/Foto: Divulgacão

As autoridades de saúde iniciaram hoje, segunda-feira (03), em Manaus, a  vistoria de 27.094 imóveis da cidade, para prevenir a propagação da dengue e do vírus chikungunya como parte das ações do terceiro levantamento do índice rápido de infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2014, realizado pela secretaria municipal de saúde (Semsa). Dois casos do chikungunya já foram detectados no Amazonas, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde.

Os imóveis foram selecionados por amostragem e cada um receberá a visita de agentes de saúde para a identificação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. Os agentes vão verificar o grau de infestação do mosquito e eliminar criadouros encontrados.


As vistorias serão executadas por 279 profissionais envolvidos diretamente com as ações de campo. O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão, destaca que a população deve ficar alerta para receber as equipes durante o período do LIRAa, que segue até dia 12 de novembro.

“Após o levantamento, é possível verificar os bairros e comunidades que mais apresentam risco para a dengue. Com essas informações, é possível elaborar as ações de prevenção nas áreas prioritárias”, salientou.

Medidas pontuais

Como o mosquito Aedes aegypti também é um dos transmissores da febre chikungunya, o LIRAa vai possibilitar um retrato real dos riscos para a doença e a elaboração de medidas mais pontuais para a prevenção da circulação do vírus no município de Manaus.

“A febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue e com sintomas quase idênticos: febre alta, acompanhada de dor de cabeça, mialgia [dor muscular], exantema [erupção na pele], conjuntivite e dor nas articulações [poliartrite]. Porém, não existe a forma hemorrágica da doença, embora a dor nas articulações possa continuar a atingir o paciente por meses”, descreve Homero de Miranda Leão.

Como ainda não há vacina contra a febre chikungunya ou contra a dengue, a melhor estratégia de atuação ainda é o combate ao mosquito transmissor da doença.
O LIRAa também vai permitir identificar os tipos de recipiente onde as larvas e criadouros do Aedes aegypti estão localizados de forma predominante, como os recipientes para armazenamento de água, como tonéis, tambores, barris, tinas, filtros, moringas e potes, lixo (recipientes plásticos, garrafas e latas), sucatas acumuladas em pátios e ferros-velhos ou entulhos de construção.

“Essas informações irão possibilitar as ações de prevenção mais adequadas para o combate ao mosquito”, concluiu o titular da Semsa.

Redução dos casos

O Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica registrou, de janeiro a outubro deste ano, 1.460 casos confirmados de dengue. No mesmo período de 2013, o número de casos confirmados foi de 13.212.

Em relação à chikungunya, de acordo com o Ministério da Saúde, já foram registrados 337 casos da doença no Brasil, sendo que 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão de casos.

Em Manaus, dois casos suspeitos de chikungunya foram notificados em outubro e estão sob investigação com amostras enviadas ao Instituto Evandro Chagas.

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