Nesta semana, Minas Gerais identificou 72 casos de febre oropouche, um aumento significativo comparado aos quatro casos registrados na semana anterior. A febre oropouche, transmitida pelo mosquito-pólvora, apresenta sintomas similares a outras arboviroses como dengue e chikungunya, o que pode confundir os pacientes.
Sintomas da Febre Oropouche Os principais sintomas da febre oropouche incluem:
• Dor de cabeça
• Dor muscular
• Dor nas articulações
• Náusea
• Diarreia
Especialistas alertam que, além desses sintomas, a febre oropouche pode levar a complicações neurológicas como meningite ou encefalite, especialmente em pacientes imunossuprimidos. Complicações hemorrágicas, como sangramentos nas gengivas, no nariz e a presença de manchas avermelhadas na pele, também podem ocorrer.
Uma característica importante da febre oropouche é o retorno dos sintomas em até 60% dos casos, uma a duas semanas após o início da febre.
Tratamento Não há antivirais específicos para a febre oropouche. O tratamento é sintomático, focado em aliviar os sintomas apresentados. Normalmente, o tratamento dura uma semana, mas em casos mais graves pode ser necessária a internação. Repouso e hidratação são recomendados para ajudar na recuperação.
Diagnóstico O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais alerta que é importante considerar a suspeita de febre oropouche em pacientes com sintomas compatíveis que testaram negativo para dengue, chikungunya e zika. Em Minas Gerais, esses exames são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública, da Fundação Ezequiel Dias.
Prevenção As larvas do mosquito-pólvora se desenvolvem em locais úmidos como florestas tropicais, margens de rios, solos úmidos, buracos em árvores, matéria orgânica e lixo.
Para prevenir a febre oropouche, as medidas são as mesmas adotadas contra dengue, zika e chikungunya:
• Evitar áreas com muitos mosquitos
• Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas
• Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas
Panorama Em Minas Gerais, os casos registrados são:
• 30 em Joanésia
• 26 em Coronel Fabriciano
• 11 em Timóteo
• 2 em Ipatinga
• 1 em Gonzaga
• 1 em Mariléia
Além disso, três casos foram identificados em Belo Horizonte, mas são importados de Santa Catarina e já notificados ao estado.
Fonte: R7
