Consumo de alimentos ultraprocessados por crianças brasileiras preocupa especialistas

Foto: Reprodução/AgênciaBrasil

Um estudo nacional revelou que 93% das crianças brasileiras entre 2 e 5 anos consomem alimentos ultraprocessados com frequência, um aumento significativo em relação aos 80,5% na faixa etária de até 2 anos. Esses produtos, como biscoitos e achocolatados, são conhecidos por serem ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos, mas pobres em nutrientes essenciais.


Danielle Mendes, nutricionista materno-infantil, alerta que esse padrão alimentar pode aumentar o risco de obesidade e doenças crônicas desde a infância, como diabetes tipo 2 e hipertensão. Além disso, cerca de um quarto das crianças de 2 a 5 anos não consomem frutas e hortaliças regularmente, o que agrava ainda mais a preocupação com a saúde nutricional infantil.

O estudo classifica esses alimentos como ultraprocessados, uma categoria que inclui produtos com pouco ou nenhum alimento integral e com alta concentração de substâncias industriais e aditivos. Em contrapartida, a recomendação é o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, que preservam melhor os nutrientes essenciais.

Para enfrentar esse desafio, especialistas propõem medidas como a educação nutricional nas escolas e famílias, a promoção de alimentos naturais, o envolvimento das crianças na preparação de refeições saudáveis e a implementação de políticas públicas mais eficazes. A melhoria da qualidade da merenda escolar e a taxação de alimentos ultraprocessados são algumas das estratégias sugeridas para combater essa tendência preocupante.

O estudo de 2024 do Enani está em curso, com uma abordagem amostral que abrange diversos estados brasileiros. A continuidade dessa pesquisa é essencial para monitorar e mitigar os impactos negativos da alimentação inadequada entre as crianças do país.

Fonte: R7

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