Contas da Câmara de Juruá são reprovadas, e ex-presidente recebe multa de R$ 306,8 mil

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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) julgaram irregular a prestação de contas da Câmara Municipal de Juruá referente ao exercício de 2014, sob responsabilidade do então presidente da Casa Legislativa, Raimundo Marcondes de Oliveira dos Santos. A decisão, proferida na manhã desta quarta-feira (27), durante a 42ª Sessão Ordinária, determinou a aplicação de multas e a devolução de valores ao erário, somando um total de R$ 306,8 mil, sendo R$ 293,2 mil de alcance e R$ 13,6 mil em multas.


As contas haviam sido inicialmente julgadas irregulares em 2017, com determinação de ressarcimentos e aplicação de penalidades. No entanto, em 2022, o julgamento foi anulado devido à falta de oportunidade para o gestor corrigir impropriedades apontadas. Após reinstruções e novas notificações, o Tribunal verificou que diversas irregularidades permaneciam sem esclarecimentos ou comprovações adequadas, o que resultou na atual decisão.

Entre as falhas apontadas pelo relator do processo, conselheiro Fabian Barbosa, estão a ausência de controle adequado de materiais adquiridos por licitação e falhas na comprovação de entrada e saída de recursos. Itens como materiais de limpeza e expediente, adquiridos por meio de adesão a atas de registro de preços, não tiveram sua destinação devidamente comprovada. Há ainda a falta de justificativa sobre créditos não recebidos e a ausência de documentos necessários.

O gestor tem 30 dias para quitar os valores devidos ou recorrer da decisão do Tribunal Pleno.

Foto: Joel Arthus

Funpeq de Maués

Na mesma sessão, os conselheiros também julgaram irregulares as contas do Fundo de Apoio aos Pequenos Negócios Produtivos de Maués (Maués-Funpeq) referentes ao exercício de 2021.

A decisão responsabilizou José Luiz da Costa Virgolino, gestor no início do ano, e Daniela Brandt de Oliveira, que assumiu a função a partir de junho.

Entre as falhas identificadas estão a ausência de controle interno, falta de comprovação de despesas e omissões em relatórios financeiros obrigatórios. Como penalidade, o Tribunal aplicou multas individuais de R$ 6,8 mil a cada gestor, além de valores adicionais por glosas de R$ 45,9 mil para José Luiz e R$ 30,3 mil para Daniela Brandt.

Outros processos

Ao todo, 60 processos foram julgados durante a 42ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, entre eles 23 recursos; 14 prestações de contas anuais; 14 representações; cinco embargos de declaração; três fiscalizações de atos de gestão e uma tomada de contas.

A conselheira-presidente Yara Amazônia Lins convocou a próxima sessão para o dia 03 de dezembro, a partir das 10h.

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