
Na última quarta-feira, aconteceu a penúltima reunião do Copom deste ano. Seguindo a tendência anterior, o corte foi de meio ponto percentual, levando a taxa de 5,5% para 5%. O mercado já havia precificado a queda e mantém a mesma previsão para a próxima reunião, que acontecerá em meados de dezembro. A taxa que iniciou o ano em 6,5% deve encerrar 2019 em 4,5%. Após o corte, o dólar recuou em 0,41%, chegando a ser vendido abaixo dos R$ 4 e o Ibovespa, maior índice da Bolsa de Valores, chegou a operar acima dos 108 mil pontos, reagindo à expectativa positiva do mercado.
“A reunião foi conforme o esperado, e a próxima deve seguir com este corte”, diz o Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo. De acordo com Bergallo, há a possibilidade de um corte maior na última reunião de 2019.
Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, aponta que a expectativa sobre a ata divulgada que aponta mais um corte, é positiva, e que o ciclo de cortes deve se encerrar com a taxa a 4%. “A ata divulgada sobre a próxima reunião aponta que haverá mais um corte, a expectativa é positiva, até o final do ciclo, estaremos em 4%”, afirma. Laatus pontua que durante o ciclo, a economia deve ser analisada, a fim de estudar novas alterações. De acordo com ele, o rendimento dos investimentos de renda fixa estava comprometido, mas isso, junto com a migração dos investidores deve ser potencializado com os novos cortes.

Para Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, o corte foi de acordo com o esperado pelo mercado, que tem sido especulado desde a última reunião. “O corte de 0,5% já era bastante esperado para essa reunião do Copom”. Casabona afirma que a ata deixou claro um novo corte. Ela explica que o novo corte pode ser maior, mas ressalta que o corte maior pode ficar para o próximo ano.
André Alírio, Operador de Renda Fixa da Nova Futura Investimentos, aponta que a sinalização de um novo corte de 0,5% foi um tanto surpreendente, já que há diversas especulações sobre o último corte deste ciclo. Alírio explica que a sinalização vai contra algumas apostas do mercado acerca de um corte maior. Alírio destaca que o corte foi de acordo com o esperado por se basear na baixa inflação e no processo de crescimento da economia do país, que tem sido lenta.