Correr para pegar ônibus todos os dias pode prolongar a sua vida

Foto: Recorte

Um grupo de pesquisadores da Austrália apresentou uma solução para quem quer se manter saudável sem gastar muito tempo. Em um estudo publicado nesta quinta-feira (8) na revista Nature Medicine, eles mostraram que exercícios físicos intensos e com duração de um a dois minutos podem ser capazes de prolongar a vida.


Como exemplo, os autores do estudo citam até mesmo correr atrás do ônibus, brincar com crianças no quintal, tarefas domésticas e caminhadas rápidas.

A ideia é que a chamada “atividade física vigorosa intermitente no estilo de vida” (Vilpa, na sigla em inglês) seja repetida três ou quatro vezes durante o dia.

Eles estimam que essa prática seja capaz de reduzir em 40% a mortalidade por todas as causas, incluindo as associadas ao câncer. Em relação especificamente às doenças cardiovasculares, a queda é de 49%.

O principal autor do trabalho, o professor Emmanuel Stamatakis, do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, entende que os “benefícios semelhantes ao do treinamento intervalado de alta intensidade podem ser alcançados por meio do aumento da intensidade de atividades incidentais feitas como parte da vida diária”.

O estudo

Para chegar às conclusões, os pesquisadores coletaram dados de rastreadores de pulso de 25 mil indivíduos que estavam no UK Biobank, um banco de dados biomédicos do Reino Unido. Todos se classificavam como “não praticantes de exercício físico”.

Entendeu-se, então, que qualquer atividade registrada por essas pessoas seria incidental, como correr para não perder o ônibus ou subir uma escada em ritmo acelerado porque está atrasado.

Os participantes foram acompanhados ao longo de sete anos. Constatou-se que 89% deles fizeram alguma Vilpa.

Desse total, 93% praticaram essas atividades por até um minuto, sendo que, diariamente, fizeram oito sessões.

Aqueles que fizeram o máximo de 11 sessões por dia chegaram a uma redução de 65% do risco de morte cardiovascular e de 49% de óbito associado ao câncer, em comparação com os que não praticavam.

“Aumentar a intensidade das atividades diárias não requer comprometimento de tempo, preparação, filiação a clubes nem habilidades especiais. Trata-se simplesmente de aumentar o ritmo ao caminhar ou fazer as tarefas domésticas com um pouco mais de energia”, comentou Stamatakis em comunicado.

Embora os estudos sejam observacionais e não permitam estabelecer a relação causa e efeito, os pesquisadores adotaram medidas estatísticas rigorosas para minimizar a possibilidade de que os resultados variassem em função do estado de saúde dos participantes.

Fonte: R7

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