Crânio de Luzia é encontrado nos escombros do Museu Nacional

Partes do crânio do fóssil foram apresentadas pelo Museu Nacional — Foto: Patrícia Teixeira/G1

Pesquisadores informaram nesta sexta-feira (19) terem encontrado todo o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo do Brasil desaparecido nos escombros do Museu Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro.


Os técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. No entanto, o trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.

“O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Alexander Kellner, diretor do museu.

A notícia do encontro do fóssil de Luzia foi antecipada pela Globonews na manhã desta sexta-feira e os detalhes foram confirmados durante a entrevista coletiva dos técnicos e da direção da instituição.

Museu Nacional foi destruído por incêndio no domingo (3) — Foto: Reuters/Ricardo Moraes

Segundo os técnicos, foram encontradas parte do frontal ( testa e nariz), parte lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur que também pertencia ao fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luiza estava também foi recuperada.

“Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes da equipe.

A reconstituição do crânio de Luzia – Foto: Divulgação

Quem é Luzia?

Encontrado em Minas Gerais na década de 1970, este seria o fóssil mais antigo das Américas. Este material foi o responsável por mudar a teoria da povoação do continente americano.

A busca pelo fóssil foi realizada a partir das obras emergenciais, que são realizadas há cerca de 1 mês.

Essas intervenções, que custam R$ 9 milhões, devem ser realizadas até fevereiro de 2019. Além de Luzia, outros objetos foram encontrados no local.

Fonte: G1

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