
Mês de agosto de 2019 teve o melhor resultado desde 2013, com variação de 0,31% em relação a julho deste ano
O Brasil teve o quinto mês consecutivo com saldo positivo na geração de empregos no país. Em agosto, foram 121.387 vagas adicionais, decorrentes de 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Foram criados 593.467 novos postos no acumulado de 2019 até o mês de agosto, uma variação de 1,55% do estoque do ano anterior. Em 2018, no mesmo período, houve um crescimento de 568.551 empregos. O mês de agosto de 2019 teve o melhor resultado desde 2013, com variação de 0,31% em relação a julho deste ano. Lidera a geração de novos postos a área de serviços (61.730 postos), seguida por comércio (23.626), indústria de transformação (19.517), construção civil (17.306), administração pública (1.391) e extrativa mineral (1.235).
Alguns setores, no entanto, apresentaram saldo negativo. Foi o caso da agropecuária (-3.341 postos) e dos serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77 postos). Segundo dados do Caged, o salário médio de admissão de empregados com carteira assinada teve um crescimento real de 1,97% em agosto de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, chegando a R$ 1.619,45.
Na comparação com julho deste ano, o aumento foi de 0,44%. O setor com o maior salário médio ocorreu na extrativa mineral, com R$ 2.616,94, puxado pelos salários da Petrobras. O salário médio mais baixo foi registrado na agropecuária, com R$ 1.306,25.

O contrato intermitente criado pela reforma trabalhista foi responsável por uma criação líquida de 6.573 postos em agosto, sendo que no total esse número chegou a 12.929 trabalhadores, com 6.356 demissões durante o período.
Considera-se como intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.
Oportunidades no setor público
Outra área que proporciona novos postos de trabalho é a administração pública, com concursos abertos por todo o Brasil. Só em 2020, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2020), o funcionalismo público federal poderá ter até 32.553 servidores e 2.926 novas vagas criadas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, contudo, ainda precisa passar pelo congresso. O orçamento também é autorizativo, e não impositivo, o que significa que o executivo não está obrigado a abrir todas essas vagas.