CUT-AM é contra ‘checagem’ de candidatos declarados negros ou pardos no Concurso Nacional Unificado

Presidente do Sindicato dos Metalúgicos, Valdemir Santana - foto: Joab Ribeiro

Os Ministérios da Gestão e Inovação (MGI), dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), da Igualdade Racial (MIR) e à Fundação Cesgranrio recebem manifesto CUT-AM contra desclassificação de candidatos


O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Amazonas, Valdemir Santana, manifestou preocupação com o processo de heteroidentificação realizado no Concurso Nacional Unificado (CNU), que resultou na desclassificação de candidatos amazonenses, e de outros estados, que se autodeclararam negros ou pardos, como vem sendo noticiados nos jornais de notícias, exemplo: “ACritica”.

O processo de heteroidentificação do Concurso Nacional Unificado (CNU) é uma etapa que verifica se os traços físicos dos candidatos que se autodeclaram pretos ou pardos correspondem aos de pessoas negras.

Valdemir diz que é inadmissível o racismo institucional, que está sendo praticado pela organização do CNU, e que essa prática deve ser combatida pelas organizações trabalhistas, sindicais e não governamentais de forma enérgica.

“Relatos dos candidatos prejudicados apontam o procedimento desumano de avaliação racial e de discriminação evidenciado no processo seletivo”, comenta Santana.

Para o presidente da CUT-AM é urgente que os órgãos responsáveis, incluindo o MGI, MDHC, MIR e a Fundação Cesgranrio, adotem as seguintes medidas:

  • Revisão dos critérios de heteroidentificação, garantindo clareza, sensibilidade e a diversidade nas bancas avaliadoras, respeitando a complexidade das identidades raciais brasileiras.
  • Investigação e combate ao racismo institucional que exclui pessoas negras e pardas de processos seletivos destinados a promover a equidade racial.
  • Responsabilização da Fundação Cesgranrio, garantindo que suas práticas de avaliação estejam alinhadas com os princípios de inclusão e justiça social.

Valdemir Santana confirma outros manifestos como o de que a sociedade brasileira precisa de ações concretas para que políticas afirmativas, como a Lei de Cotas, sejam efetivas e não perpetuem desigualdades raciais.

A CUT-AM pede que os órgãos competentes revisem esse processo seletivo e garantam um tratamento justo e respeitoso aos candidatos negros e pardos.

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