Delegados abordam “Mr. Catra” no aeroporto após desembarque

Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa da PC-AM

Delegados do DRCO ouvem cantor carioca denunciado por fazer apologia ao crime durante apresentação na capital.


Os delegados Guilherme Torres e Paulo Benelli, diretor e diretor-adjunto, respectivamente, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas, ouviram na tarde desta segunda-feira, dia 23, o cantor carioca Wagner Domingues Costa, 48, conhecido como “Mr. Catra”, em torno de um procedimento policial instaurado na unidade policial em junho deste ano, após circular nas redes sociais um vídeo em que o artista, durante uma apresentação em uma casa noturna de Manaus, faz apologia ao crime organizado, exaltando traficantes do bairro Compensa, na zona Oeste da capital, que integram uma facção criminosa que atua no Estado.

Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa da PC-AM

“Mr. Catra” foi ouvido na base da Delegacia Especializada em Crimes contra o Turista (DECCT), situada nas dependências do Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, no bairro Tarumã, zona Oeste da cidade, logo após desembarcar em Manaus, por volta das 13h30 desta segunda-feira, dia 23, onde ele fará mais uma apresentação na noite de hoje.

Conforme Guilherme Torres, “Mr. Catra” relatou, em depoimento na DECCT, que o fez o funk a pedido de fãs e que ele não conhece a facção criminosa, as pessoas citadas e nem o bairro mencionado na música. O cantor alegou que ele não tinha ciência de que a letra seria tratada como apologia à facção criminosa. O artista disse, ainda, que no dia em que o vídeo foi gravado alguns fãs entregaram um papel para fazer um funk de improviso. O vídeo foi gravado em um aparelho celular e acabou viralizando nas redes sociais, repercutindo tanto em Manaus como em outras cidades do País.

“Recebemos a informação de que cantor viria para Manaus participar de um show na noite de hoje. Então fomos até o aeroporto e aguardamos a chegada dele. Após o desembarque, efetuamos a notificação e o convidamos para prestar esclarecimentos na base da DECCT. Ele afirmou que não sabia que se tratava de uma organização criminosa, mesmo a letra enaltecendo a facção e incentivando o relacionamento de mulheres com membros da organização. “Mr. Catra” argumentou que apenas fez rimas de acordo com os papeis que passavam pra ele, com nomes anotados”, declarou Guilherme Torres.

O delegado Paulo Benelli destacou que os procedimentos em torno do caso serão remetidos à Justiça, que irá avaliar a conduta do cantor.

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