
A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou, na manhã desta quarta-feira (4/5), que aprovou medidas em reação ao governo de Jair Bolsonaro por não ter cumprido a promessa de conceder o reajuste salarial à categoria da PF. Entre elas, estão a realização de paralisações e o pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
As propostas foram aprovadas em assembleias realizadas na segunda-feira (2/5) e terça-feira (3/5). O calendário de greves será definido entre os delegados e as demais categorias da Polícia Federal. Mais tarde, a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) entrou em contato com a reportagem e afirmou não ter participado da assembleia nem aprovado a paralisação.
Em relação a Torres, a associação aponta que, “pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro”, ele será pressionado a renunciar. Ficou decidido ainda que policiais federais poderão entregar seus cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos.
“É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição”, diz nota da ADPF.
Bolsonaro havia garantido a reestruturação da PF e, por isso, os policiais tinham a expectativa de receber um um reajuste salarial entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos. No entanto, agora, o Executivo sinaliza que a promessa não será cumprida.
Fonte: Metrópoles