Depósito do porto de Beirute desmorona após grãos fermentarem por excesso de calor

Área de depósitos de grãos do porto de Beirute -Foto: Mohamed Azakir/ Reuters

Partes de um depósito do porto de Beirute, no Líbano, colapsaram neste domingo (31), formando uma grande nuvem de fumaça que tomou conta da região portuária da cidade.


O desabamento, que ocorre exatos dois anos após uma megaexplosão que deixou 215 mortos também no porto cidade, ocorreu por conta da fermentação de grãos no interior dos armazéns, causada pelo excesso de calor.

Ainda não há informações sobre vítimas, segundo a polícia da cidade. No início do mês, um incêndio foi visto nos armazéns, que medem 48 metros de altura, formando uma fumaça laranja na área. Na ocasião, bombeiros não conseguiram apagar as chamas, que queimaram por semanas.

Na semana passada, os Ministérios de Saúde e Meio Ambiente do Líbano chegaram a recomendar aos moradores de áreas próximas ao porto que deixassem suas casas bem ventiladas. A estrutura dos depósitos já havia ficado danificada após a explosão de 2020, e parte dela acabou desmoronando com o fogo.

Por conta de uma forte onda de calor que atingiu Beirute em julho, grãos que estavam estocados nos depósitos do porto fermentaram, dando origem ao incêndio e, posteriormente, ao desabamento.

Momento em que parte de um dos depósitos do porto de Beirute, no Líbano — Foto: Reprodução

Megaexplosão de 2020

A explosão acontece exatos dois anos depois de uma explosão gigantesca no porto de Beirute, que matou mais de 215 pessoas e deixou mais de seis mil feridos.

O incidente ocorreu após vazamento de parte de centenas de toneladas de nitrato de amônio que estavam estocadas em um dos depósitos da cidade.

No ano passado, a Organização Não Governamental Human Rights Watch acusou as autoridades libanesas de negligência criminosa pelo episódio. Em um relatório de 126 páginas, a ONG documentou uma série de violações por parte dos políticos e das instâncias de segurança do país na gestão do armazenamento de materiais perigosos no porto.

“Os responsáveis libaneses sabiam o risco que representava o nitrato de amônio. Ao não adotarem nenhuma medida para proteger a população, eles aceitaram tacitamente esse risco”, declarou Aya Majzoub, uma das redatoras do relatório.

g1

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