Deputada denuncia escândalo na compra de combustíveis, em Amaturá/Am

O valor do consumo de combustível é alarmante, denuncia deputada/Foto: Arquivo
O valor do consumo de combustível é alarmante, denuncia deputada/Foto: Arquivo
         O valor do consumo de combustível é alarmante, denuncia deputada/Foto: Arquivo

A quantidade de gasolina comprada, em apenas um ano, pela Prefeitura de Amaturá, a 1.072 quilômetros de Manaus, daria para uma motocicleta fazer mais de 300 voltas no Planeta Terra. A observação fez parte da grave denúncia apresentada pela deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB), durante a sessão plenária de hoje, terça-feira (23), na Assembleia Legislativa do Amazonas.
Alessandra disse que vai acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para investigar o caso. Na tribuna, a deputada fez um breve relato de um estudo cujo objetivo era investigar as aquisições de combustíveis e derivados de petróleo (oléo diesel, lubrificante, graxa, carga e botijas de gás) pela Prefeitura de Amaturá no período de 2010 a 2015. Os números são escandalosos e impressionantes para um município com pouco mais de 10 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano baixíssimo (0,560).


De acordo com a parlamentar, Amaturá comprou no ano de 2010 um total de 5 mil litros de gasolina. O volume comprado somente desse combustível subiu estratosfericamente nos anos seguintes, para 96.408 litros (2011), 99.201 litros (2012), 159.725 litros (2013), 175.974 litros (2014) e 120.363 (2015).

“A quantidade de gasolina e outros derivados de petróleo comprados em Amaturá daria para abastecer várias cidades do Amazonas por um bom tempo. Para se ter uma ideia, a quantidade de gasolina comprada em apenas um ano daria para uma motocicleta dar mais de 300 voltas no Planeta Terra”, denunciou Alessandra.

Alessandra acrescentou que, além da compra em excesso, existe também sobrepreço e fortes indícios de corrupção e desvio de dinheiro público por meio da simulação de compra de combustíveis e outros derivados de petróleo.

“Vou encaminhar o caso ao Ministério Público de Contas e, se for o caso, vou inclusive solicitar uma CPI aqui na Assembleia para apurar não só em Amaturá, mas em outros municípios se está acontecendo o mesmo”, concluiu a deputada.

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