Derrota em Manaus impõe isolamento político e solidão a Wilson Lima no Amazonas e apoio velado ao Capitão

Após derrota de candidato aliado, o governador Wilson Lima (União Brasil) está só, isolado e sem a força política de antes das eleições municipais, na capital do Estado


A derrota de seu aliado nas eleições municipais de 2024, com certeza, era algo inesperado para o governador Wilson Lima. Ele, que está em seu segundo mandato, amarga, ainda, o fato de ter sido “jogado para escanteio” durante um momento político tão importante.

Wilson, que antes tinha grande prestígio no cenário local, vê, agora, seus aliados se afastarem, um por um. Uma série de escândalos envolvendo corrupção, improbidade administrativa, crimes eleitorais e o descaso com a segurança e saúde são os fatores que contribuem para a derrocada que se aproxima.

Apoio velado

Para o segundo turno das eleições municipais, David Almeida (Avante) busca a reeleição, enquanto seu adversário, Capitão Alberto Neto (PL), conta com o apoio de toda a direita amazonense e o ‘apoio velado’ do governo do Amazonas.

Embora nenhum dos dois, ao menos por enquanto, sinalizaram em público estarem juntos neste segundo turno, o apoio de Wilson Lima à campanha de Alberto neto é inevitável, não tem como ser diferente.

Prefeitos e os aliados que ainda restam de Wilson Lima, estão sendo “convocados” para reuniões a portas fechadas. Seria uma forma de apoiar nos bastidores, de forma velada, a campanha de Alberto Neto.

Desgaste evidente

Por outro lado, se Wilson Lima não se envolver nas eleições, o desgaste de sua imagem política será bem maior. A imagem do político derrotado será mais evidenciada.

Isso não se deve apenas à perda de aliados, cada vez mais comum, mas aos escândalos de corrupção que o colocaram na mira do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que investiga suposta compra de votos e manipulação eleitoral de uma das suas candidatas no interior do Estado. Em Parintins, com o apoio suspeito a Brena Dianná (União Brasil).

Wilson Lima vai saber lidar com o isolamento, tanto por lideranças de Manaus, quanto do interior, onde tinha um nome forte e com bastante apoiadores e aliados? O tempo dirá.

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