Desaprovação do governo, o menor dos problemas – Por Osíris Silva

Economista Osíris Silva (AM)

Em junho, os que consideravam o governo Temer ótimo ou bom eram 13%. Em setembro, 14%. E agora, 13%. Regular, 36%. Depois, 34%. E agora, 35%. Ruim ou péssimo, 39%; 39%, novamente; e agora, o índice dos que consideram o governo Temer ruim ou péssimo subiu para 46%.


Este, ao que penso, não é exatamente o problema. O mais grave é que o índice de confiança no governo Temer alcançou 52,3 pontos e ficou mais distante da média histórica, que é de 54,2 pontos, segundo a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na quarta-feira, 19 de outubro.

Entretanto, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é de 79,1 pontos em novembro.

Economista Osíris Silva (AM)

Normal o registro de tais inconformismos. O anormal seria o contrário. Afinal o PT quase quebrou o governo, feriu de morte suas empresas públicas e instituições democráticas ao deixar se organizar e operar a maior quadrilha de malfeitores antes jamais conhecida no Brasil.

O governo Federal anunciou esta semana medidas microeconômicas na tentativa de estimular a criação de empregos, melhorar o ambiente de negócios para empresários e aumentar as condições de crédito dos brasileiros. O objetivo maior é estimular o crescimento, a produtividade e a desburocratização, fatores fundamentais para a “pacificação do país”, segundo o presidente Michel Temer.

Pode não resolver os problemas, mas é um começo para estimular a economia, como assim consideram lideranças empresariais e setores ponderados da sociedade.

Os problemas da nação são muito graves: juros estratosféricos, os maiores do mundo; déficit público de 172 bilhões de reais em 2015, da ordem de 140 bilhões de reais este ano; desemprego na casa de 12 milhões, mais de 50% dos consumidores inadimplentes e pendurados no SERASA, recessão há três anos consecutivos, retomada da inflação.

Não obstante fundamentadas razões de desconfiança no governo, a sociedade precisa debruçar-se sobre o reverso da moeda. Considerar o esforço do governo para promover reformas, a partir da PEC dos gastos e da reforma da Previdência, às quais deverão se suceder outras, urgentes e de fundamental importância, como a reforma política, tributária e trabalhista.

Setores minoritários, agitadores profissionais pagos pelo PT e seus braços sindicais CUT e MST estão de volta com toda garra. Eles prometeram – e tentam – botar fogo no país desde o impeachment de Dilma Rousseff. Pode-se ter a mais absoluta certeza, tudo farão, desonesta e radicalmente para cumprir seu intento.

A sociedade precisa estar atenta e ser capaz de separar o joio do trigo.

O Brasil, na verdade, precisa se livrar da herança maldita do PT, o que vai levar ainda bastante tempo dado o estrago que seus governos promoveram no sistema político e de governo ao implantarem o maior e mais abrangente esquema de corrupção como nunca antes conhecido neste país.

A sociedade precisa e deve observar as circunstâncias com cuidado e confiança no próprio Brasil, que sem dúvida é muito maior que a crise.
O governo e a classe política, por seu turno, devem dar demonstrações contundentes, inequívocas, de que seus modus operandi e o país estão mudando. Exibir sinais claros de que o risco de o Brasil se transformar numa república bolivariana padrão Venezuela está definitivamente afastado.
O retorno do crescimento econômica, da retomada dos investimentos e da geração de empregos é o objetivo maior a ser alcançado. Além de garantir a recuperação da confiança internacional, farão com que os índices de aprovação do governo e de confiança no futuro do país retornarão a patamares de normalidade.

Promover mudanças custa caro, social, política e economicamente. Mais ainda quando interesses subalternos e convicções ideológicas utrapassadas, fora da realidade mundial, são feridos de morte.

O governo tem que se ajustar a essas condições e, como Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial, convencer a nação de que sangue, suor e lágrimas é tudo que tem a oferecer no momento.

Este, sem dúvida, estou convicto, o maior desafio, o mega problema.(Osíris Silva é Economista, Consultor de Empresa e Escritor – [email protected] – # OsirisSilva)

NR – Artigo publicado, excepcionalmente, hoje (18)

 

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