Design de Interação é aplicado para reduzir depressão entre adolescentes

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Um dispositivo interativo voltado para reduzir o Transtorno Depressivo Maior (TDM) de grau leve em adolescentes de 12 a 17 anos é a proposta do estudo iniciado pelo estudante do curso de Design da Faculdade Fucapi, Christian Alex de Souza, sob orientação das professoras Marcella Sarah Farias e Neila Pinto. A ideia é usar meios para promover a reinserção social e prevenir o agravamento da doença utilizando os conceitos de Interação Humano Computador (IHC) e Ergonomia Afetiva.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos e estima que 121 milhões de pessoas sofrem com a doença da depressão, dentre elas as maiores taxas são entre os jovens de 14 a 29 anos recorrentes por transtornos mentais. Esse cenário chamou atenção do estudante que desenvolveu uma pesquisa acadêmica utilizando a técnica de ‘Design de Interação’. “O foco dessa ferramenta é desenvolver produtos interativos que tenham fácil utilização, aliados a conceitos de psicologia para amenizar os efeitos do TDM em adolescentes”, explicou a orientadora Farias.


No estudo, foram utilizados três aplicativos durante a pesquisa, Hellblade, Actual Sunlight e The black Dog.  Dentre os resultados obtidos, foi possível alcançar dados mais específicos e detalhamentos de caráter científico sobre a realidade, as causas e sintomas da depressão em adolescentes. Para construção do projeto foi utilizado o método do ‘Design Thinking’, onde nas suas etapas foram divididas em imersão, ideação e prototipação. “Como resultados, foi observado que os adolescentes com TDM de grau leve têm a necessidade de serem monitorados, visto em que o período de picos emocionais e pensamentos perigosos estão relacionados ao momento de total isolamento da sociedade”, disse o estudante.

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                                                          Desing Antidepressivo/Divulgação

Segundo ele, o dispositivo criado tem como sua principal função propor o acompanhamento ao usuário, estimulando-o a exercer atividades físicas, de autoestima e promover a interação entre outros usuários. “É possível notar então, que o campo de design pode aliar facilmente seus conceitos à diversas áreas, produzindo além da estética visual, mas também de produtos de caráter emocional”, detalhou Souza.

Sobre o dispositivo

O dispositivo, ainda em fase de prototipação, terá uma interface digital que amenize os efeitos do TDM de grau leve, buscando contribuir para o estímulo das relações sociais, e prevenir o agravamento do nível leve para o nível moderado. Como entrada de dados terão os comandos feitos pelo usuário através dos botões e por meio dos comandos de voz. A saída de dados será pelas respostas geradas na tela, por meio da vibração do dispositivo e/ou reprodução de som.

Souza afirma ainda que esse tipo de transtorno acaba por ocorrer cada vez mais cedo, prejudicando não só ao paciente como também as pessoas relacionadas a eles. “Atualmente, a depressão é referida como uma doença multifatorial, ou seja, com várias causas envolvidas no seu aparecimento, uma doença de causa biopsicossocial”, completou.

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