
Em agosto passado, 1.415 quilômetros quadrados da Amazônia Legal foram desmatados. O índice representa uma redução de 12% em relação a agosto de 2021, quando o desmatamento somou 1.606 quilômetros quadrados.
Mesmo assim, a soma das áreas desmatadas nos oito primeiros meses deste ano ultrapassa a verificada no mesmo intervalo de 2021. De janeiro a agosto, forma derrubados 7.943 quilômetros quadrados de floresta, a terceira pior devastação para o período dos últimos 15 anos.
Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na degradação florestal. E, infelizmente, temos visto ações insuficientes para combater esse problema”, explica Bianca Santos, do Imazon.
Já o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o desmatamento acumulado na Amazônia até agosto de 2022 atingiu 7.135km², cerca de 800km² a menos do que o registrado pelo Imazon. A diferença ocorre porque o Imazon usa um sistema que detecta áreas menores na Amazônia Legal, levando em conta áreas desmatadas a partir de 1 hectare. O satélite do Sistema Deter, de responsabilidade do Inpe, tem como base no mínimo 3 hectares. A mediação oficial de desmatamento é feita pelo Prodes, pesquisa também do Inpe, e costuma superar os valores estimados pelo Deter e pelo Imazon.