Dilma defende fórum de empresários na América Latina

Dilma discursa no CELAC, na Costa Rica/Foto: Reuters
Dilma discursa no CELAC, na Costa Rica/Foto: Reuters
Dilma discursa no CELAC, na Costa Rica/Foto: Reuters

A presidente Dilma Rousseff defendeu na noite de ontem, quarta-feira, a criação de um fórum de empresários na América Latina e Caribe, para aproveitar melhor as oportunidades de comércio na região, em meio a uma conjuntura econômica global “muito complexa”.
“A recuperação da economia mundial… não está ocorrendo com a força esperada”, disse a presidente em San José, na Costa Rica, em discurso na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).


Retomando o argumento da fraqueza da economia internacional, Dilma citou a “lenta recuperação” dos Estados Unidos, “estagnação” na Europa e “desaceleração” na China. A presidente lamentou ainda a queda nos preços das commodities, notadamente petróleo e minério de ferro -do qual o Brasil é um dos maiores exportadores mundiais.

“Tudo isso afeta a nossa região e devemos constatar uma certa redução da margem de manobra da política macroeconômica em alguns países, aumento do déficit de conta corrente, da inflação e do déficit fiscal”, disse a presidente, no que poderia ser um resumo do quadro brasileiro.

Dilma, que está no início de segundo mandato, trocou seus ministros da Fazenda e do Planejamento para realizarem um ajuste fiscal depois da deterioração das contas públicas nos últimos anos, num cenário de inflação alta e crescimento fraco.

Ao defender um fórum com a participação de governos e empresas da região para desenvolver o comércio, a presidente disse que seu objetivo seria “aproveitar as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem e estimular, quando possível, a integração produtiva no espaço Celac”.

A presidente aproveitou ainda para elogiar as conversações entre Estados Unidos e Cuba para normalizar as relações dos dois países, mas voltou a criticar o embargo econômico norte-americano contra a ilha caribenha.

“Essa medida coercitiva, sem amparo no Direito Internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país deve… ser superada.”

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