Crise política isola o Defensor Geral na administração da DPE

O defensor geral Ricardo Trindade sofre forte desgaste político na DPE.
O defensor geral Ricardo Trindade sofre forte desgaste político na DPE.
O defensor geral Ricardo Trindade sofre forte desgaste político na direção do orgão.

Divisões, disputas políticas internas e protestos de toda ordem tomaram conta da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). Essa situação pôde ser constatada na última reunião do Conselho Superior da Defensoria realizada no dia 19 de novembro.
Nessa tensa reunião, com bate-bocas as feridas foram expostas e ficou claro que o defensor-geral Ricardo Trindade está cada vez mais enfraquecido, isolado e não detém o apoio da maioria dos defensores. A “baixaria”  foi tanta, que a defensora Melissa Souza Credie chegou a abandonar a reunião, protestando contra o comportamento do defensor-geral, Ricardo Trindade.
Ricardo Trindade foi quem abriu a reunião do Conselho Superior afirmando, que a DPE tem sérios entraves internos e creditou isso à chegada dos 60 novos defensores, que segundo ele, passaram a influenciar em todas as decisões e até nas eleições internas, que vai da Associação ao Conselho Superior até o cargo de Defensor Geral.
Trindade afirmou ainda que “diversos membros de quarta classe querem se preocupar demais com a questão política e influenciar na Defensoria Pública e que os conselheiros eleitos tem atuado com interesses políticos”.
As declarações do defensor-geral foram alvos de críticas e rebatidas por outros defensores presentes à reunião, principalmente, os novatos que se manifestaram contrários e repudiaram as declarações de Trindade.
A defensora Melyssa Souza Credie questionou sobre quais os pontos que faziam Ricardo Trindade pensar de tal forma. Que compreende a discordância política, mas não aceita que tal opinião se transforme em ofensas, sobretudo, quando apresenta seus votos. Falou ainda que no caso dos “5 dias”, a decisão foi unânime. “Assim, esse saldo não pode ser debitado na conta dos Conselheiros eleitos.”, declarou a conselheira.
Outro que demonstrou insatisfação ante às declarações de Ricardo Trindade foi o defensor Péricles Duarte de Souza Junior, que disse repudiar o desrespeito a qualquer membro da DPE. Péricles acrescentou que eventuais desmandos ou excessos devem ser observados pela Corregedoria, mas nunca pode ser tratado de forma generalizada. Afirmou ainda, que “os conselheiros votam por sua própria consciência”, declarou.
Já o defensor Carlos Alberto Almeida declarou que não concorda com a divisão entre conselheiros eleitos e conselheiros natos. Que o comportamento do conselho Superior é exemplar. Afirmou ainda que defende a criação da ouvidoria, embora o tema não tenha sido recebido com bons olhos por muitos de seus colegas.
Já o defensor Roger Moreira Queiroz falou que nunca pediu voto para ser conselheiro eleito; que sua candidatura foi pautada na história que tem dentro na Defensoria Pública, desde 2008 e por várias comissões e conselhos que participou.
A discussão em torno de outro assunto em pauta fez com que a defensora Melissa Souza Credie se retirasse da reunião em protesto ao comportamento do defensor geral.


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