“Dom Moses” — Um Sonho Que Tomou Forma – por Moises Maciel da Costa

Foto: Divulgação

Quando criança, sonhei que chegava em uma lancha branca com uma faixa preta que contornava da popa à proa. Ela encostava lentamente em uma pequena cidade localizada sobre uma plataforma flutuante. Nesse sonho, eu conversava com outra criança da minha idade, e nossa amizade parecia tão real quanto a própria cidade em que estávamos. Ao despertar, passei dias refletindo sobre aquele lugar mágico, imaginando possibilidades que iam muito além do que eu conhecia.


Anos se passaram, e na escola, enquanto estudava sobre Atlântida — a cidade lendária descrita por Platão — fui transportado de volta à lembrança daquele sonho esquecido. Era como se aquele cenário ainda estivesse vivo dentro de mim, esperando para ser redescoberto.

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Décadas depois, quase 40 anos após aquele sonho inicial, algo extraordinário aconteceu. Sonhei novamente com aquela mesma cidade flutuante. Desta vez, estava na plataforma ao lado da mesma pessoa, que agora era uma senhora da minha idade. “Eu te conheço,” eu disse, relembrando nossos momentos da infância. Para minha surpresa, ela respondeu: “Sim, nos encontramos quando éramos crianças.” Nossa conversa foi ao mesmo tempo surreal e familiar. Quando acordei, tive a sensação de ter vivido algo profundamente significativo, quase como um pesadelo pela intensidade. Passei o dia pensando naquele sonho, sentindo que conhecia aquele lugar. Após algum tempo, lembrei-me do sonho da minha infância e comecei a me questionar: como pode um sonho ser sonhado novamente décadas depois?

Com curiosidade renovada, iniciei uma pesquisa sobre cidades flutuantes e descobri projetos que lembravam vagamente o cenário dos meus sonhos. Entre eles estavam o famoso Palm Jumeirah, em Dubai, além de ideias como Pangeous — a cidade em forma de tartaruga — e Oceanic City, nas águas costeiras da Coreia. Essas inspirações reacenderam minha imaginação e me levaram ao próximo passo: criar minha própria cidade flutuante.

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Utilizando o poder da inteligência artificial, consegui dar vida ao que antes parecia impossível. Uma cidade com 60 km², contendo 50 mil casas, hotéis luxuosos, bares acolhedores, marinas para embarcações, praias paradisíacas, um aeroporto, trens modernos, cassinos, estádios de futebol e muito mais. Uma cidade completamente autossustentável, com áreas rurais para cultivo, indústrias inovadoras e um comércio vibrante, tudo planejado para atender moradores e turistas do mundo inteiro. Esse sonho transcendeu minha mente e se tornou um conceito compartilhado. Batizei essa cidade de “Dom Moses”, uma homenagem ao profeta que adestrou o Mar Vermelho. Coincidentemente, também me chamo Moisés — mas garanto a vocês que não foi por isso (risos).

O que começou como um fragmento da imaginação hoje é um projeto que combina futurismo, sustentabilidade e inovação. Quem sabe, algum dia, Dom Moses deixe de ser apenas um sonho e se transforme em uma realidade que todos possam vivenciar.

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