Dono da Telexfree assume crimes e poderá ficar até dez anos preso nos EUA

9.jan.2014 - James Merrill (segundo à esq) e Carlos Wanzeler (segundo à dir.) durante apresentação de uniforme do Botafogo com patrocínio da Telexfree, em 2014

O norte-americano e um dos donos da Telexfree, James Matthew Merrill, 55, declarou-se culpado pelos crimes de fraude e conspiração, na última segunda-feira (24), em uma corte de Massachusetts, nos Estados Unidos. Ao todo, o co-fundador da Telexfree assumiu a culpa em nove acusações.


Merrill fechou um acordo com a Promotoria de Boston, que investiga um esquema de pirâmide financeira envolvendo a empresa nos Estados Unidos e poderá pegar até dez anos de prisão.

Ele também terá de devolver cerca de US$ 140 milhões em bens, que incluem imóveis, carros de luxo e barcos. Também foi arquivada uma acusação de lavagem de dinheiro como parte do acordo, segundo o “The Wall Street Journal”.

O acordo ainda precisa ser homologado pela Justiça norte-americana. Em 2 de fevereiro deve ser realizada a audiência na qual os termos do acordo podem ser aceitos, ou não, pelo juiz responsável pelo caso.

“James Merrill está finalmente enfrentando a justiça por seu papel em fraudar mais de US$ 3 bilhões de investidores inocentes”, afirmou o investigador da Segurança Nacional em Boston Matthew Etre.

O “The Wall Street Journal” disse que procurou o advogado de James Merrill nos Estados Unidos, mas não obteve retorno.

O norte-americano chegou a ficar preso por pouco mais de um mês, em 2014, mas foi liberado e passou para o regime de prisão domiciliar.

9.jan.2014 - James Merrill (segundo à esq) e Carlos Wanzeler (segundo à dir.) durante apresentação de uniforme do Botafogo com patrocínio da Telexfree, em 2014
9.jan.2014 – James Merrill (segundo à esq) e Carlos Wanzeler (segundo à dir.) durante apresentação de uniforme do Botafogo com patrocínio da Telexfree, em 2014

O brasileiro Carlos Wanzeler, também um dos fundadores da Telexfree, é considerado foragido nos EUA. Ele morava em Massachusetts, mas veio para o Brasil dias antes de ser expedida a ordem de prisão contra os donos da empresa, em 2014. No Brasil, Wanzeler pode se beneficiar pela Constituição do país, que impede a extradição de brasileiros para o exterior.

A Telexfree foi formalmente acusada nos EUA de atuar sob um esquema de pirâmide financeira, com foco em imigrantes brasileiros e dominicanos, e teve seus bens bloqueados.

O UOL procurou o advogado da Telexfree no Brasil na tarde desta terça-feira (25), mas não obteve retorno.

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