
As eleições para Conselheiro Tutelar no Brasil, se transformou numa demonstração prévia do que poderá ocorrer em 2016. Um processo eleitoral, aparentemente simples, se transformou em um grande cenário de desrespeito à ordem democrática, justo no momento em que a meta é a busca pela ética e transparência dos procedimentos. No Amazonas, e em especial Manaus, me parece que a desorganização foi deliberada, tudo com clara ingerência de quem tem a obrigação de zelar pela ordem.
Do interior, tenho notícias que o processo eleitoral para os CT’s foi escancaradamente degradante, com intromissão direta de prefeitos e vereadores, além de denúncias de compra de votos. A eleição para Conselheiro Tutelar deveria ocorrer como uma verdadeira lição de organização, lisura e democracia, afinal é fruto de uma antiga reivindicação da sociedade e tem participação direta dos movimentos sociais.
Ademais, os conselheiros tutelares são agentes que irão se relacionar diretamente com as famílias, com as crianças e com os adolescentes. É para esse público que eles devem levar os melhores ensinamentos e comportamento de bem viver, com ética e moral. Se eles são eleitos em um processo viciado, conturbado e corrupto, é difícil se crer que terão moral para orientar e dar bons exemplos ao futuro desse, as crianças e jovens.
A pergunta que fica, é se esse pessoal que age assim, tem algum compromisso com um Brasil melhor ? (Joaquim Frazão – Advogado)