Eletrobras pode estar sendo valorizada para ser vendida aos chineses

Urbanitários protestam contra venda da Eletrobras/Foto: Reprodução

O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, foi um dos principais alvos da grande manifestação contra a privatização da concessionária de energia elétrica realizada na manhã desta quarta-feira (27) em Manaus.


Cerca de 1,2 mil trabalhadores comandados pelos Sindicatos dos Urbanitários e dos Eletricitário tomaram as ruas do Centro de Manaus. Eles protestavam contra o que estão chamando de “entrega” do sistema elétrico com a proposta de venda da empresa Eletrobras/Amazonas Energia para os chineses.

O presidente do Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do amazonas (Stiuam), Edney Martins culpou principalmente Eduardo Braga pelo que eles classificam como “tudo de ruim” que vem ocorrendo no sistema elétrico do Amazonas.

Segundo Edney, se a privatização do setor realmente acontecer irá piorar ainda mais a situação tanto para o consumidor quanto para os eletricitários com as chamadas demissões em massa.

O presidente do Stiuam afirmou que Eduardo Braga está por trás da proposta de privatização. Segundo ele, esse aumento de 38,9% da taxa de energia elétrica dos consumidores já foi uma forma de tornar a Eletrobrás/Amazonas Energia mais atrativa para ser vendida aos chineses.

“Depois de vendida pode esperar que vem mais virá mais aumento por aí para nós amazonenses”, afirma Edney.

Durante a manifestação, os urbanitários e eletricitários se manifestaram e chamaram  Eduardo Braga de “traidor”  e de “Judas”. Eles lembram que durante a campanha para o Governo do Estado em 2014, Braga se reuniu com os trabalhadores e se comprometeu se unir na luta contra a privatização e disse que a venda da concessionária seria “um tiro no pé” dos consumidores e dos trabalhadores do sistema no Amazonas.

“Agora ele vem com discurso diferente defende a privatização e a venda para os chineses”, afirma.

O sindicato dos Urbanitários do Amazonas é radicalmente contra a privatização do sistema elétrico brasileiro. A privatização do serviço de energia elétrico no estado do Amazonas será extremamente prejudicial para o desenvolvimento socioeconômico do estado, principalmente para os 61 municípios do interior que necessitam deste serviço para implantações de políticas públicas em prol da população mais necessitada, o que não será possível com o sistema privatizado.

Além de Manaus, a manifestação ocorreu nos sete Estados onde as empresas de distribuição estão sob ameaça de privatização: Amazonas, Rondônia, Acre, Goiás, Alagoas, Roraima, Piauí.

Os protestos também ocorrerão em Brasília. Na capital federal, ocorreram reuniões do movimento sindical e sociais com representantes do governo federal em brasilia para tratar sobre a privatização das empresas do setor elétrico.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) juntamente com outros movimentos sociais têm realizado manifestações em Brasília contra a referida privatização, a última foi no dia 12 de janeiro, quando houve ocupação do Ministério de Minas e Energia. No dia 19 de janeiro as lideranças do movimento foram recebidas pelos ministros da casa civil e da Secretaria Geral da Presidência da República, Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, respectivamente.  Os líderes sindicais expuseram as justificativas contra a privatização das empresas e solicitaram a retirada das empresas do Programa Nacional de Desestatização (PND), assim como apresentaram proposta de criação de uma holding das respectivas empresas em questão.

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