O chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM), Luiz Marcelo Rossi, apresentou as principais realizações da Empresa no ano passado e as perspectivas para 2014, nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologias e administração.
Dentre as principais conquistas, ele enumera a ampliação da atuação em projetos e parcerias, melhor inserção em grandes projetos em rede e intensificação na transferência de tecnologias.
Luiz Marcelo aponta como positivo o aumento da agenda de pesquisa em agricultura familiar, mandioca, piscicultura, integração lavoura – pecuária – floresta, bem como o aumento considerável da carteira de projetos da Unidade em relação a anos anteriores.
Em 2013 a Unidade captou R$ 8 milhões em 27 novos projetos em áreas prioritárias, atendendo as demandas do Plano Diretor da Unidade (PDU) e das demandas do Estado do Amazonas, como as pesquisas com seringueira, fruticultura – cupuaçu e citros, mandioca , milho, feijão e pecuária sustentável para execução nos próximos dois anos.
A Unidade de pesquisa teve sua atuação reconhecida pela sociedade, por meio de homenagens recebidas da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia -Sect/AM e Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas – Fapeam e ainda da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas -Aleam pela passagem dos 40 anos da Embrapa.
Transferência de tecnologia – Com destaque à realização de cursos e treinamentos, a Embrapa no Amazonas realizou 38 cursos, a maioria direcionada para agricultores familiares, técnicos da extensão rural, pesquisadores e estudantes que atuarão como multiplicadores dessas informações. No total, participaram mais de 800 pessoas.
A Embrapa Amazônia Ocidental se tornou referência local, nacional e internacional no diagnóstico e controle das doenças que mais atacam a bananeira: sigatoka negra e moko da bananeira. Seus pesquisadores foram requisitados para realizar cursos para agentes da extensão rural e fiscais da defesa sanitária vegetal dos estados do Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraíba. Também teve participação em relevante congresso no Caribe, além de ter diversos trabalhos publicados sobre essa cultura agrícola.
Também em 2013, a Embrapa capacitou 25 bolsistas em culturas alimentares do projeto Residência Agrária, da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Em 2014, serão treinadas mais três turmas nos temas de fruticultura, pecuária e heveicultura.
O Residência Agrária tem por finalidade fixar técnicos agrícolas no interior do Amazonas.
Ainda na transferência de tecnologia, a Embrapa Amazônia Ocidental realizou dias de campo e lançou no mercado duas novas cultivares de guaranazeiro que poderão alavancar a produção no Amazonas: BRS Saterê e BRS Marabitana. Ambas apresentam alta produtividade e resistência a doenças, e estão sendo recomendadas para plantio como forma de aumentar a barreira à Antracnose, principal doença do guaranazeiro.
Para desenvolver suas ações, a Embrapa fortaleceu ainda mais as parcerias com instituições públicas e da iniciativa privada. A diversificação de temas para as ações de transferência de tecnologia, como aquicultura, agroecologia, fruticultura e recursos genéticos também foram realçados.
Alguns cursos abordaram informações sobre vários sistemas de produção pesquisados pela Embrapa, direcionados a cultivos realizados no Amazonas, como milho, feijão , mandioca e cupuaçu. O sistema de produção traz orientações sobre o preparo do solo, plantio, calagem e adubação para a cultura abordada, as cultivares recomendadas, os tratos culturais e manejo de plantas daninhas, principais doenças e pragas e suas medidas de controle, colheita, beneficiamento e informações econômicas sobre as culturas, entre outras.
Para 2014, Luiz Marcelo pretende ampliar canais e veículos de comunicação com os públicos. “Atuaremos em capacitação e na ampliação de projetos de transferência, para continuarmos como referência em projetos dessa área na Embrapa”, informou.
Administração e Finanças – A Embrapa Amazônia Ocidental passa por um processo de reestruturação. Neste contexto estão inseridos investimentos em obras e reformas na estrutura física dos campos e laboratórios, aquisição de equipamentos de informática, mobiliário, além de custeios das atividades rotineiras da Unidade, como materiais de consumo, serviços, proteção individual e manutenção, entre outros.
Para realizar esses investimentos conseguiu em 2012, pela primeira vez, ultrapassar a casa dos dez milhões de reais em investimentos e custeio. Em 2013 o orçamento foi de 9,5 milhões de reais.
O Campo Experimental do Rio Urubu, em Rio Preto da Eva, receberá novos alojamentos, refeitório, cozinha e galpão (com garagem, oficina e almoxarifado), além de depósito de adubos, produtos químicos e combustíveis. No Campo Experimental do Distrito Agropecuário da Suframa (BR-174), serão construídos guarita, um reservatório de água com capacidade de 15 mil litros e será feita ligação trifásica de energia elétrica.
Como forma de melhorar o atendimento de suas demandas, a Empresa promoveu treinamento de seus empregados em varias áreas. Entre elas, a segurança e boas práticas em laboratórios, que orientou para os cuidados que os laboratoristas devem observar quanto às normas de segurança e as boas práticas de uso dos equipamentos.
Outros cursos foram em inclusão digital ; cursos de coleta seletiva de lixo, com o objetivo de sensibilizar para a importância da manutenção de um ambiente trabalho e doméstico saudáveis; curso de elaboração de projetos para analistas e pesquisadores e, por último, aconteceram os cursos de fotografia e de gerenciamento de conflitos entre gerações.
A Embrapa no Amazonas está presente estrategicamente na capital e em quatro municípios do Estado: Rio Preto da Eva, Iranduba, Maués e Parintins. Dispõe de uma estrutura de 13 laboratórios, atuando em áreas de ponta, como por exemplo, a biologia molecular, cultura de tecidos, doenças de plantas, além de laboratórios que prestam serviço à sociedade, com a análise de solos. Conta com uma equipe de 283 empregados, que tem contribuído de maneira significativa para a geração de conhecimento e tecnologias para a Amazônia, em especial para o Amazonas.
