

Em torno de 950 trabalhadores da Lenovo da Amazônia (ex-CCE), serão demitidos nos próximos dias. Na segunda feira, 04, a empresa já vai dispensar 200 e, escalonadamente, o restante até o final do mês de Maio.
A denúncia partiu dos próprios trabalhadores da empresa, muitos deles, integrantes da lista negra da Lenovo. Eles disseram que o “comunicado de corredor” é real e que está sendo justificado como “dispensa de funcionários por conta da crise”.
Um funcionário da empresa que não quis se identificar, garantiu que alguns encarregados de linha de produção, justificam as demissões como erro de estratégia da empresa no período da compra dos ativos da CCE da Amazônia.
“A Lenovo investiu sem planejamento”, assegura. Contratou técnicos com salários muito acima da média de mercado e mais que duplicou o número de trabalhadores nas linhas, sem saber a aceitação do produto no comércio consumidor.
A CCE tinha 2.500 trabalhadores, quando a Lenovo comprou os ativos, ela contratou mais 3.000. O resultado foram galpões lotados de produtos e estoques encalhados sem aceitação no comércio. Hoje, tem notebook, Smartphone, televisores, celulares abarrotando os galpões da empresa.
Mas como a corda sempre arrebenta do lado do mais fraco, resolveram dispensar trabalhadores para redução de custos, mesmo recebendo, em muitos casos, 95% de isenção de impostos.