
Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (9) que a estatal Gazprom só vai fornecer para a Ucrânia o volume de gás que for pago com um mês de antecedência. A medida seria para evitar novos calotes por parte de Kiev.
No entanto, o próprio governo ucraniano já havia declarado que parou de bombear o metano russo para os seus depósitos subterrâneos. A decisão foi tomada por conta do impasse nas negociações entre os dois países sobre o preço a ser cobrado pelo recurso natural.
Recentemente, a Gazprom aumentou a tarifa para Kiev de US$ 268,5 para US$ 485,5 por mil metros cúbicos. Moscou acusa a nação vizinha de ter uma dívida bilionária devido à falta de pagamento do gás fornecido em 2013.
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Contudo, a medida parece mais uma retaliação ao governo interino da Ucrânia por conta do impeachment do presidente Viktor Yanukovich no início de 2014.
Considerado pró-Rússia, o ex-mandatário desfrutou no final do ano passado de um generoso desconto no custo do metano, uma espécie de prêmio por não ter assinado na época um acordo de associação e livre comércio com a União Europeia.
A disposição de Yanukovich em se afastar do bloco econômico e se aproximar dos russos deu início à onda de protestos que culminou com a sua deposição pelo Parlamento ucraniano.