Com o objetivo de descobrir talentos e ainda incentivar o desenvolvimento de soluções que contribuam para o dia a dia da população, a 44ª Edição do Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública (SECOP), que é considerado o maior fórum de TI para a gestão pública do Brasil, agraciou com o Prêmio Aristóbulo Angelim, os estudantes Lucas Teixeira, Carlos Sousa e Felipe Silva. Eles concorreram com o trabalho sobre o Sistema de Proteção ao Motociclista (Siprom).
Durante o SECOP, 25 estudantes apresentaram projetos e protótipos desenvolvidos por eles mesmos e a escolha do vencedor se deu através do voto popular no aplicativo SECOP 2016. “Esse, sem dúvida, é um dos maiores legados que o evento pode proporcionar para a cidade e me sinto honrado em receber esta homenagem e, mais ainda, em contribuir para a transformação na vida desses jovens”, destacou Aristóbulo Angelim que, neste ano, completou 41 anos de profissionalismo e de dedicação à empresa Processamento de Dados Amazonas S.A (PRODAM).
Emocionado durante a premiação, Aristóbulo relembrou da época em que ingressou na PRODAM, em 1975, e assumiu o cargo de programador. Três anos depois mudou para o cargo de analista de sistemas mediante nova aprovação em concurso público. No decorrer de quatro décadas de serviços prestados, Ari já ocupou diversas funções gerenciais e atualmente é assessor da presidência da PRODAM, função que ocupa há mais de dez anos.
Desafio SECOP
Para participar da competição, desde o início do mês de outubro, os estudantes receberam treinamentos gratuitos através da startup Manaós Tech e ao longo desse período embarcaram numa jornada de conhecimento que envolvia Arduino, Internet das Coisas, robótica, prototipagem eletrônica, criação de aplicativos, impressão 3D e gerenciamento de projetos ágeis.
“Convocamos estudantes de 13 a 18 anos, de escolas públicas de Manaus, e os únicos critérios eram ter disponibilidade, gostar da área de exatas e não era necessário ter conhecimento na área de TI. Como resultado, atingimos quase 100 inscritos”, destacou Glauco Aguiar, idealizador da Manaós Tech.
Um dos jovens responsáveis pelo projeto vencedor, Felipe Silva, explica que a tecnologia se baseia em duas aplicações: a primeira é que o motociclista só pode ativar a sua moto se estiver usando o capacete e, a segunda, é melhorar o pronto atendimento, em que o sistema detecta automaticamente se houve acidente e logo em seguida já aciona o Samu com a localização da ocorrência.
Os estudantes contam que o fato de os acidentes envolvendo motos já serem a principal causa de ocorrências de trânsito no país, ultrapassando os atropelamentos de pedestres, serviu de motivação para a criação do projeto, que agora deve passar por melhorias, entre elas, a criação de um sistema que impeça que a moto funcione caso o condutor esteja alcoolizado.
Além do troféu, a equipe vencedora ganhou R$5 mil, um kit de desenvolvimento Arduino e Internet das Coisas. Em segundo lugar, ficou o projeto Protoent, que tem como objetivo incentivar a população a reciclar e, em terceiro lugar a equipe Remédio na Mão, que desenvolveu um braço robótico. Ambas as equipes receberam o kit de desenvolvimento Arduino e Internet das coisas e cursos a distância.
