Exploração madeireira em Roraima aumenta 584% e levanta alerta para atividades ilegais

Foto: Recorte

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, Roraima registrou um aumento alarmante de 584% na exploração madeireira, totalizando 11.442 hectares de floresta desmatada. Deste total, 82% (9.319 hectares) foi feito de forma não autorizada, revelando uma grande parte da extração como ilegal. Apenas 18% (2.103 hectares) foram extraídos com autorização legal.


O aumento significativo na exploração madeireira não autorizada, especialmente em áreas como Imóveis Rurais Privados, Assentamentos Rurais e Áreas Não Destinadas, levanta preocupações sobre os impactos ambientais e a eficácia da fiscalização. De acordo com Pablo Pacheco, consultor do Idesam, a falta de transparência nos dados dificulta a análise precisa da exploração madeireira e pode levar a práticas insustentáveis e desmatamento ilegal.

O Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), responsável por coletar e analisar esses dados, enfrentou dificuldades devido à falta de resposta da Organização Estadual de Meio Ambiente (Oema) de Roraima. A informação foi obtida principalmente através do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e da plataforma Siscom, o que pode resultar em inconsistências.

Os municípios de São Luiz, Caroebe, Caracaraí, Rorainópolis e Mucajaí foram identificados com maiores áreas de exploração autorizada e não autorizada. Entre os assentamentos rurais, o Projeto de Assentamento Dirigido (PAD) Anauá e o Projeto de Assentamento (PA) Cupiuba destacaram-se como os mais explorados.

Especialistas destacam que a falta de dados transparentes e a escassez de informações confiáveis prejudicam a formulação de políticas públicas eficazes e facilitam práticas fraudulentas no setor madeireiro. A transparência é crucial para garantir a sustentabilidade das florestas e proteger os direitos das comunidades locais, além de promover o engajamento em práticas de manejo sustentável.

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