Extração criminosa e venda ilegal do Ipê no Pará e Amazonas é registrada em Vídeo

Um vídeo gravado por um agricultor no entorno da Cachoeira do Rio Aruã, afluente do Rio Arapium, que é afluente do Rio Tapajós, em Santarém-Pará, dá uma dimensão do tamanho do crime ambiental que está acontecendo nas reservas florestais primárias da Região Amazônica.


Conforme a denúncia ao portal Correio da Amazônia, a atividade é acompanhada de perto por autoridades do setor de fiscalização do Estado, com a conivência de funcionários do Ibama-Pará e do Iterpa do governo paraense.

No Amazonas

De acordo com um morador da AM-010, o problema do desmatamento ilegal com fim comerciais não acontece somente no Estado do Pará. A mesma atividade criminosa também é rotineira no Amazonas, mais especificamente no Ramal do Jericó, no Km-144, na rodovia AM 010, que liga Manaus Itacoatiara, onde carretas transportam toras de madeira, ilegalmente, para o porto de Itacoatiara, com destino ao exterior.

Morte ao denunciante

Como essa atividade é criminosa, que envolve interesses escusos e alto lucro no mercado internacional e, praticado por quadrilhas especializadas em contrabando de madeira para o exterior, quem se arrisca a denunciar a extração ilegal geralmente é morto por capangas.

Daí a dificuldade de se conseguir ‘nome para autenticar a fonte’, mas os vídeos e relatos têm chegado com certa facilidade à redação, que sempre preserva a fonte e a vida de quem se arrisca a denunciar os criminosos.

Mais áreas de desmatamento criminoso

A fonte também confirmou que no Ramal do Bela Vista, em Manacapuru, nos ramais de Presidente Figueiredo, em Rio Preto da Eva e em todos os demais municípios amazonenses existem essa atividade criminosa sendo praticada à luz do dia e aos olhos dos órgão de fiscalização desse setor (Ibama, Batalhão Ambiental).

“As empresas encarregadas do financiamento de máquinas e pessoas para o desmatamento, nunca aparecem, mas essas mesmas empresas se encarregam de exportar a madeira bruta para os Estados Unidos e para a Europa”, confirma a fonte ao Correio da Amazônia.

Texto que chegou junto com o Vídeo

“Eu sou um defensor coerente do agronegócio e do meio ambiente, especialmente em se tratando da conservação da floresta amazônica. Mas SOU contra o desmatamento criminoso e extração ilegal de madeira nas nossas florestas. Essas imagens chegam a dar uma sensação de impotência diante dos extratores criminosos e um calafrio ao ver os camiões carregados de toras saindo pelos nossos milhares de ramais. E só quem denuncia são os agricultores e o pássaro capitão da mata, o seringueiro”.

Assista o Vídeo….

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1 COMENTÁRIO

  1. É, isso já acontece a anos e os maiores beneficiados são os madeireiros, que através de pessoas que se submetem a trabalhar de forma quase escrava, contribuem para a manutenção desta prática nociva pro progresso desses lugares onde ocorre esse crime. Agora pra qual mercado esse produto é enviado, pro brasileiro? Com certeza não deve ficar 1/4 dessa madeira aqui.

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