Famílias de baixa renda participam do programa Crédito Solidário no AM

Famílias de baixa renda beneficiadas pelo programa/Foto: Joel Arthus

O programa Crédito Solidário liberou, hoje, quinta-feira (08), R$ 238,8 mil para financiar pequenos negócios entre pessoas de baixa renda, no Amazonas. Desenvolvido, em parceria entre o Fundo de Promoção Social (FPS) e a Agência de Fomento do Governo do Amazonas (Afeam), o programa realizou, somente agora, 121 operações de crédito, beneficiando, principalmente, famílias das zonas Norte e Leste de Manaus.
De acordo com a Afeam, esta é a terceira ação do programa Crédito Solidário, em 2016, beneficiando, aproximadamente, 400 famílias na capital, com mais de R$ 800 mil em créditos, de um total de R$ 1 milhão que estão disponíveis até dezembro. O grande diferencial do programa é que o empréstimo não tem taxa de juros.


O Programa Crédito Solidário tem como objetivo possibilitar o acesso ao crédito de forma desburocratizada para pessoas em situação de exclusão social no contexto econômico produtivo, propondo a melhoria da qualidade de vida com a inserção no mercado visando a autossustentabilidade.  As propostas selecionadas são oriundas de triagens feitas nos bairros pelo FPS, com ações principalmente nos Centros de Convivência da Família. Identificadas as famílias, equipes do FPS vão até a residência e visitam o negócio para saber se estão dentro dos critérios estabelecidos pela linha de financiamento.

O FPS atua como órgão gestor do Programa, que tem recursos oriundos do Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e ao Desenvolvimento Social do Estado do Amazonas (FMPES). O Programa abrange inicialmente a capital do Estado. Pode obter o crédito, pessoas físicas maiores de 18 anos, pessoas em situação de exclusão social no contexto econômico, desempregadas ou subempregadas.

Empréstimo sem juros – Diferente das demais linhas de crédito disponíveis no mercado, o Crédito Solidário não cobra taxa de juros. Porém, o limite máximo do empréstimo é de R$ 2 mil. “Tem, realmente, um diferencial muito grande. Primeiro ele (o beneficiário) tem um limite máximo de R$ 2 mil para iniciar uma atividade. A partir do segundo momento, quando ele pagar o primeiro empréstimo, pode buscar outra linha de financiamento na Afeam, no caso o Banco do Povo, cujo limite é de até R$ 15 mil e juros de 3% ao ano, o menor do mercado”, explica o coordenador do FMPES, Pedro Gomes.

Ainda segundo ele, o financeiramente pode ser feito tanto para capital de giro quanto para a compra de máquina. Também pode ser misto, mas o valor máximo é o mesmo: R$ 2 mil.

O recurso chegou em boa hora para a autônoma Erisneide de Castro, 43 anos, que tem uma banquinha de churrasco, no bairro Monte Pascoal, zona Norte. “Vou investir em material e melhorar o negócio para fazer mais dinheiro e aumentar a renda da nossa família”, contou.

Outro que estava animado era o cozinheiro Geraldo dos Santos, 58 anos, morador do Residencial Mestre Chico, zona sul, que pretende usar o empréstimo liberado para comprar equipamentos e montar a sua própria cozinha. “Vou trabalhar na minha área de atividade, abrir uma cozinha de sabor regional no caso e entregar as marmitas de casa em casa”, revelou.

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