

Crianças de todas as idades invadiram o Teatro Amazonas, em pleno domingo de clima gostoso, no dia em homenagem a elas, logo às 10h00, para conferir “Amigos como nós, o musical”, na programação do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura que realiza o 11º Festival de Teatro da Amazônia até o próximo dia 18 (abaixo e em anexo a programação).
A peça é do Grupo de Teatro Atorres, do Pará, e uma das que mais movimentaram o festival que teve início na última sexta, 10, e que já levou um público estimado em 1.800 pessoas.

O musical estreou em julho deste ano. A autoria, direção e composição das músicas são de Bruno Torres, que também é ator. No enredo, quatro crianças carentes, que moram num orfanato se transportam para um mundo imaginário, onde procuram seus brinquedos favoritos. O espetáculo contou com muitas luzes, brinquedos pelo palco e bonecos gigantes.
Foi o presente que pediu Jayanne Jane Costa, 8. “Acho que presente não é só brinquedo, mas passeio também e quis vim de princesa porque aqui é muito bonito e queria vim arrumada”, disse ela em relação ao Teatro Amazonas.
No sábado, 11, não foi diferente. A programação para as crianças com a peça “Conto do Beiradão”, encenada pelo grupo amazonense Arte pela Arte, abriu a agenda infantil do evento e agradou os baixinhos.
AOS ADULTOS
Os espetáculos da mostra adulta também agitam o teatro. A estreia “Travessia”, peça do Grupo Tecelagem, no último dia 10, teve direito a trilha sonora ao vivo com canções do folclore brasileiro. Resultado: conquistou de imediato o público que lotava o teatro pela linguagem direta, peculiar e muitas vezes emocionante do escritor, um dos maiores ícones da literatura nacional.
“Chegamos à segunda década do festival com um evento consolidado regionalmente, que prioriza e incentiva o talento e a criatividade dos nossos artistas, mas que também se firma como um dos mais importantes do cenário nacional e que este ano teve 50% a mais de trabalhos inscritos de outros estados”, avalia o secretário de Estado da Cultura, Robério Braga.
E, no sábado à noite, 11, mais uma grata surpresa: “O Último Godot”, de Tiziane Virgílio (AM).
Apesar de ter sido elaborado nos anos 1980, há uma atualidade no texto do romeno Matéi Visniec que retrata a crise do teatro, a crise do público e a crise da própria sociedade ensimesmada, isolada. Mas fica no ar uma ponta de esperança. Certo teor romântico e utópico brota do pessimismo e da crítica social áspera. Fora isso, a peça mostrou de uma forma muito poética um encontro imaginário entre Samuel Beckett (Ismael Farias) e Godot (a própria Tiziane Virgílio).
MAIS TEATRO ESTA SEMANA
O 11º Festival de Teatro da Amazônia segue nesta segunda-feira, dia 13, na mostra infantil com a peça infantil “Encanta, história do mundo”, da Cia de Teatro Artcena e, às 20h, na mostra adulta com “Pintinho 12”, de Ismael Farias.
A companhia teatral vencedora de cada categoria receberá um troféu e um prêmio de R$ 10 mil. Também serão premiados, nas duas categorias, os seguintes itens: melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor cenário, figurino, pesquisa musical, iluminação, texto original e maquiagem. Cada premiado vai receber um troféu e mais R$ 3 mil.
PROGRAMAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES
Ordem e horário das apresentações da modalidade infanto-juvenil.
Ordem e horário das apresentações da modalidade adulta