
Só na cidade de São Paulo foram registradas mais de 200 mil ocorrências de celulares roubados ou furtados em 2022. É muito comum o ladrão chegar de bicicleta. Ele passa veloz, e num piscar de olhos leva o aparelho embora. O Fantástico passou vários dias filmando a ação desses bandidos no Centro de São Paulo e constatou que eles agem livremente.
Pelo menos 86 pessoas que caminham pelas ruas do centro da cidade vão ficar sem seus celulares, e isso em um único dia. Quando falamos na cidade inteira, são 553 boletins de ocorrência de furto e roubo a cada 24 horas.
“Perdi foto, perdi tudo. Eles entraram na minha contam, chegaram a tirar um valor de R$ 5 mil e alguma coisa. Demorou mais ou menos uns 30 dias até resolver tudo”, conta Kátia Viana de Lima, administradora de empresas.
“Eu não consegui nem sentir. Só vi o celular voando e eu correndo atrás da pessoa”, diz Alter Raschkovsky, engenheiro civil.
Isso que acontece em um segundo, quando a pessoa está caminhando ou parada segurando o celular, é algo que o ladrão planejou milimetricamente. E muitos deles chegam de bicicleta, em alta velocidade, e levam o celular num piscar de olhos. Em um ambiente de civilidade, esse ato, de usar o celular na rua, não deveria representar risco algum, mas em São Paulo e em muitos outros lugares do Brasil, representa.
Para gravar os flagrantes do vídeo desta reportagem, o Fantástico ficou a 30 metros do Theatro Municipal de São Paulo.
No local, a cena se repetia dia após dia; veja como agem os criminosos:
- Funcionárias de empresas de telefonia montam pontos de atendimento e aguardam a chegada de clientes que passam bem em frente ao Theatro Municipal.
- Homens que circulam por ali pegam suas bicicletas e começam a pedalar, mas apenas por poucos metros.
- Eles procuram vítimas.
- Alguns usam capacete e ficam parecendo um ciclista de passagem pelo local.
- Mas está prestes a dar o bote.
Procuramos as operadoras de celular que fazem atendimento no local. A Tim informou que retirou os pontos de venda cautelarmente para que sejam feitas investigações internas, e que se coloca à disposição das autoridades. A Claro não quis se pronunciar.
Fonte: G1