Garimpo ilegal está aumentando em reservas indígenas

Foto: Reprodução

O garimpo ilegal tem avançado em ritmo acelerado em áreas de reserva indígena. As ações aumentaram durante a pandemia do coronavírus, o que faz as tribos serem ameaçadas com a perda de território e o risco de infecção com o vírus.


Somente em março, houve um aumento de 29% nos alertas de desmatamento na Amazônia em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Boa parte da degradação é causada por garimpeiros ilegais, que derrubam a mata fechada e contaminam os rios com mercúrio em busca dos minérios.

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Uma megaoperação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) feita no início de abril nas terras indígenas Apyterewa, Trincheira Bacajá e Kaiapó, no interior do Pará, flagrou campos de garimpo em plena atividade. Apesar de serem construídas no meio da floresta, a estruturas não são simples e contam com áreas de acampamentos e de escavação, além de maquinário pesado, cargas de combustível, aeroportos e pontes. As estruturas são ilegais.

Não é só no Pará que estão acontecendo as invasões. Indígenas da Terra Karipuna, em Rondônia, e da Terra Yanomami, em Roraima, também relatam a chegada de invasores em seus territórios nas últimas semanas. No último dia 22, em meio à pandemia, a Fundação Nacional do Índio (Funai) emitiu uma portaria que permite a aquisição de terrenos dentro de áreas indígenas ainda não homologadas. No Brasil, há mais de 250 terras ainda pendentes de homologação, mas que já têm processos de reconhecimento iniciados na Funai.

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