
Na tarde de hoje, quarta-feira, o governador José Melo recebeu o governador de Rondônia, Confúcio Aires Moura, para tratar da elaboração de uma carta de intenções, referente à construção da ferrovia Transoceânica. Antes de visitar o Amazonas, Confúcio esteve nos Estados do Acre e Mato Grosso, para tratar do assunto.
Acompanhado dos secretários de Fazenda, Afonso Lobo, e do secretário de Planejamento, Thomaz Nogueira, além do deputado estadual Orlando Cidade, o governador José Melo determinou que um técnico da Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia (Seplanct) participe, na próxima terça-feira (07), de uma reunião em Cuiabá, onde será elaborado o documento, com a participação dos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, que será entregue à presidente Dilma Rousseff.
José Melo destacou a importância da ferrovia para os Estados da região norte, em especial o Amazonas, por conta das mercadorias produzidas pela Zona Franca de Manaus. “Essa ferrovia vai abrir duas oportunidades de saída dos nossos produtos subindo a ferrovia do Madeira. Nós, governadores de Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima combinamos que, agora, os assuntos que dizem respeito à região serão levados aos organismos nacionais e internacionais em conjunto”, explicou.
A implantação da ferrovia está prevista nos acordos bilaterais firmados entre o governo brasileiro e o governo chinês, no último mês de maio, e que prevê um pacote de investimentos da ordem de R$ 50 bilhões. Com trajeto previsto de Mato Grosso até o Acre, por onde deve seguir rumo ao Pacífico passando por Cruzeiro do Sul (no Acre), a ferrovia servirá para transportar produtos do centro-oeste e da Amazônica Ocidental pelos portos peruanos do Pacífico até o mercado consumidor chinês.
O governador de Rondônia afirmou que a ideia é juntar esforços entre todos os Estados para superar entraves à construção da ferrovia. “Com um grupo de trabalho nós vamos poder definir, entre os Estados que fazem parte da rota da ferrovia, os assuntos principais a serem tratados. Podemos discutir, por exemplo, a criação de legislações estaduais semelhantes para desburocratizar o sistema”.