Governo diminui número de atendimento no Pronto Socorro Platão Araújo

Deputado diz que o corte afeta o atendimento e cria superlotação na fila de espera - Foto: divulgação

O corte de 120 plantões no Pronto Socorro Plantão Araújo, leva superlotação a outras unidades e aumenta ainda mais o caos na saúde pública em Manaus. Foi o que constatou o defensor público Estadual, Arlindo Gonçalves e o deputado Luiz Castro (Rede), durante visita de inspeção na unidade de saúde do Estado, na sexta-feira (9).


Atendendo denúncias de usuários da rede estadual de saúde, o defensor e o parlamentar se reuniram com o diretor do Platão, Antonio Carlos Nossa, que confirmou a denúncia. De acordo com ele, o Governo cortou contratos por indenização no dia 01 de março, retirando 120 plantões do hospital sem dar destino para a demanda reprimida.

Deputado diz que o corte afeta o atendimento e cria superlotação na fila de espera – Foto: divulgação

“Saímos preocupados com esta situação, pois afeta cerca de 750 pessoas atendidas, diariamente. Faremos uma solicitação à Susam para que a decisão seja revista: os plantões extras devem voltar, ao menos enquanto o Governo do Estado não os substitui gradualmente”, assinalou Luiz Castro.

Outra problema são os exames. Como da última visita técnica ao Pronto Socorro João Lúcio, também no Platão Araújo se verifica muita demora nas análises clínicas. São constantes as reclamações dos pacientes, que esperam meses por procedimentos de hemodinâmica, que são realizado somente no Hospital Francisca Mendes.

Um dos casos, foi o da senhora Maria Ozilete de Almeida Silva, de 69 anos, internada desde 11 de janeiro. Ela foi indicada para a angioplastia, mas foi retirada da fila por problemas na máquina. O exame só pode ser realizado no Francisca Mendes.

O defensor Arlindo Gonçavez também identificou diversas casos em que os pacientes tem dificuldade de acesso à Justiça. “Informamos à população – pacientes e acompanhantes – de como acionar a Defensoria Pública.

Saímos com alguns contatos e diagnósticos e esperamos, de alguma forma, poder contribuir para melhoria do nosso Sistema Único de Saúde (SUS)”, finalizou.

Informações da Susam sobre o atendimento no PS Plantão Araújo

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informa que os plantões citados foram adicionados na gestão passada como parte de um Plano Emergencial que deveria se encerrar em 90 dias.

Os serviços foram inseridos sem cobertura contratual e, portanto, vinham sendo pagos por processo indenizatório, modelo de contratação que está sendo encerrado pela atual gestão.

A Susam informa que a mudança está sendo feita de forma que não haja prejuízo à população. Além disso, da quantidade de plantões acrescidos no Plano Emergencial, foi mantido um plantão de 30 horas semanais para o Núcleo de Regulação da unidade, acrescentado como aditivo no contrato formal vigente.

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