Moradores de comunidades mais distantes em Tabatinga (a 1.1385 quilômetros de Manaus) além dos problemas da estiagem estão recebendo alimentos estragados das autoridades do Estado.
Sem poder se deslocar, e dependendo da ajuda humanitária, ribeirinhos do Alto Madeira passam necessidades sem alimentos, remédios e demais itens básicos.
Alimento podre
Por não poderem utilizar o rio como transporte, o jeito é “aproveitar” a oportunidade de conseguir os mantimentos dados pelo governo do Estado. O problema é que muitos dos itens estão chegando estragados (podres) e impróprios para o consumo humano.
“Isso é uma falta de respeito por parte do governador para com os nossos irmãos ribeirinhos. O sacrifício que tiveram de se deslocar da comunidade até a cidade de Tabatinga para receber esse rancho todo podre, foi a maior burocracia”, disse um morador da comunidade.
O cacique responsável pela comunidade Tauarú se disponibilizou a ir até Tabatinga para pegar os alimentos. Mas as condições em que se encontravam os produtos. Vários quilos de arroz, por exemplo, estavam com aspecto podre.
Os ranchos passaram dois dias para serem liberados à população. Os comunitários pedem, ao menos, compaixão por parte do governo do Estado.
“Eles não tiveram vergonha de mandar alimentos podres para os ribeirinhos. Isso é desrespeito. Estamos com o rio seco, a canoa vai se arrastando e quando chegamos, encontramos alimentos estragados. Estamos passando necessidade”, disse o cacique.
Veja Vídeo