
Na mais recente tentativa de pôr fim à greve que tem afetado boa parte do país, o governo federal apresentou uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. A medida, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), visa amenizar as tensões e promover avanços nas condições laborais desses profissionais.
A proposta em questão contempla um reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025, seguido por um acréscimo de 3,5% em maio de 2026. Embora o anúncio tenha sido feito com a expectativa de trazer alguma calmaria às negociações, a recepção por parte dos servidores não foi unânime.
Os técnicos da área de educação, representados pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), classificaram a proposta como “irrisória e decepcionante”. A insatisfação resultou em um panorama incerto quanto à continuidade da greve, visto que as demandas dos servidores ainda não foram devidamente atendidas.
Ainda segundo o Sinasefe, as negociações abordaram inicialmente as questões relacionadas à carreira dos técnicos, enquanto a tarde estava reservada para discutir os aspectos pertinentes aos docentes. Entre as reivindicações dos servidores, destacam-se não apenas a recomposição salarial, mas também a reestruturação das carreiras, a revogação de normas prejudiciais à educação federal e a recomposição do orçamento destinado às instituições de ensino.
Embora a proposta governamental sugira um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira, conforme apontado pelo MGI, a percepção dos servidores indica que as medidas propostas ainda não atendem plenamente às suas expectativas.
Diante desse impasse, a decisão sobre a continuidade da greve permanece em aberto, aguardando a oficialização após consultas às assembleias locais e a apresentação durante a plenária nacional, que ainda será convocada.
Fonte: CNN Brasil