
Escavadeiras foram encontradas nas terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku pela organização não governamental (ONG) Greenpeace Brasil. Ao todo, 176 escavadeiras estavam nos garimpos ilegais.
Cada equipamento deve custar mais de R$ 700 mil. A maior parte das escavadeiras está na terra Kayapó, que é alvo de disputas por parte de madeireiros e da siderurgia.
As máquinas encontradas começaram a ser vistas na Terra Yanomami a partir do segundo semestre do ano passado. Quatro delas foram achadas em uma estrada clandestina. Perto do local, vive um grupo de indígenas em isolamento voluntário.
Especialistas apontam constantemente a relação entre a atividade do setor mineral e o desmatamento, e os números confirmam o fato. No intervalo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022, por exemplo, o desmatamento resultante do garimpo ilegal na TI Yanomami subiu 309%, de acordo com levantamento elaborado pela Hutukara Associação Yanomami. Em dezembro de 2022, a área devastada era de 5.053,82 hectares, ante 1.236 hectares detectados no início do monitoramento.